Com a presença dos manifestantes que pedem a libertação do ex-presidente Lula, apenas pessoas com horário de atendimento agendado têm acesso ao prédio da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no bairro Santa Cândida. Uma fila de pessoas se formou na entrada do prédio na manhã desta segunda-feira (9), a maioria pessoas que foi buscar ou entregar documentos para a emissão de passaporte. Além de policiais federais de prontidão na entrada do prédio, policiais militares fazem o cordão de isolamento e ronda no entorno da PF.
O entorno da Superintendência da PF está isolado por determinação da Justiça desde a prisão de Lula, sábado, quando a prefeitura de Curitiba obteve uma liminar que impede que manifestantes montem acampamento. Mesmo assim, a PF informa que o atendimento ao público está normal nesta segunda. Porém, por segurança, só é permitido acesso ao prédio a quem tem agendamento marcado. Portanto, tanto quem foi emitir ou pegar o passaporte, quanto estrangeiros que precisavam de atendimento entram no prédio, desde que comprovem o agendamento.
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Como é necessário comprovar o agendamento, uma fila se formou no portão da PF. Mas a conferência era rápida e o acesso não tinha maiores problemas. Sabendo das manifestações, o comerciário José Riguete, 45 anos, decidiu chegar mais cedo na PF para fazer o passaporte. “ Até cheguei um pouco antes do meu horário, mas está tranquilo”, comentou.
A professora Cristine Rodrigues, 43 anos, estava com o horário agendado para fazer passaporte às 9h12. No início da manhã, ligou para a superintendência para tentar reagendar a data, achando que não conseguiria fazer o documento. Entretanto, foi avisada de que os serviços continuavam sendo prestados. “Mesmo assim, saí mais cedo porque não tem onde estacionar, tem que dar uma volta”, disse.
A PF ainda não sabe informar se esse vai ser o padrão de atendimento enquanto os manifestantes estiverem na proximidades da superintendência. O controle ao acesso ao prédio vai ser reavaliado nesta segunda-feira, com a retomada dos trabalhos administrativos na Polícia Federal.
Ainda no sábado, quando Lula chegou ao prédio no Santa Cândida, oito pessoas ficaram feridas no confronto entre manifestantes e a polícia.As polícias Federal e Militar chegaram a usar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes.