A escassez de combustíveis em Curitiba já afeta o funcionamento dos aplicativos de transporte individual de passageiros. De acordo com representantes de grupos de motoristas, já há menos carros circulando pelas ruas e a expectativa é de que os motoristas parem completamente neste sábado (26). Quem solicitou uma corrida nesta sexta já percebeu que a espera está maior até um motorista aceita a corrida.
“Meus três grupos têm um total de 1260 motoristas e cerca de mil deles estão com algum tipo de problema, seja falta de combustível, fila de posto, etc. Durante a semana, no horário da manhã, monitoro entre 70 e 80 motoristas e hoje estou monitorando 16”, afirma o motorista e representante da categoria Arnaldo Miki.
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Já Gessiwilliam Guilhermino dos Santos, motorista e representante de outro grupo, conta que apenas 30 dos 100 motoristas com quem trabalha estão on-line nesta sexta-feira. “Eu vou tentar abastecer. Mas se eu conseguir, não sei se vou trabalhar hoje. Acho que vou guardar para um evento que vale a pena, com corridas longas e tarifa dinâmica, como o Country Festival amanhã”, revela.
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Conforme os motoristas, alguns aplicativos estão oferecendo benefícios para motoristas que continuarem trabalhando na tarde desta sexta-feira (25). Contudo, a reportagem não conseguiu obter informações oficiais das empresas sobre a situação dos motoristas.
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Empresas
A Cabify, plataforma de soluções inteligentes de mobilidade urbana, entende que o aumento nos preços dos combustíveis pode impactar diretamente no ganho dos motoristas parceiros, comprometendo consideravelmente seus gastos com a prestação de serviço que, em muitos casos, representa a principal renda da família. Considerando este contexto e o que ele gera para a economia como um todo, a Cabify informa que nesta quinta-feira (24/05), alterou a tarifa mínima de determinadas cidades para a reduzir o impacto gerado pela alta dos combustíveis por período indeterminado. Considerando o contexto econômico, a empresa informa que está estudando as melhores formas para balancear o impacto operacional dessa alta no preço do combustível em cada cidade sem que isso inviabilize a prestação de serviços por parte do motorista parceiro ou atinja diretamente os valores cobrados dos usuários.
Em nota a Uber, informou que “assim como todos os brasileiros, a Uber acompanha com atenção as notícias sobre a crise de abastecimento no país. A empresa entende que, como autônomos, os motoristas parceiros têm o direito de se manifestar, dentro do que a lei permite. Neste momento, reforçamos nossos canais de atendimento para estar em contato permanente com os parceiros e usuários e prestar o suporte que for possível.
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