Junho é mês de festa junina e a Gazeta do Povo levantou os preços das guloseimas que não podem faltar nas comemorações de São João. O comércio de Curitiba está preparado para atender a clientela desde o fim de maio, quando as lojas fizeram alterações nas vitrines para evidenciar os produtos dessa época. A pesquisa de preços dos produtos juninos foi feita em quatro estabelecimentos da capital, entre a tarde de terça-feira (5) e a noite desta quarta (6).
Ao mesmo tempo, a reportagem também foi saber se a Copa do Mundo da Rússia, que começa no dia 14 de junho, influencia as festas juninas de alguma forma. Mesmo com os períodos de comemoração coincidindo, comerciantes garantem que uma festa não atrapalha a outra.
Chance milionária: Quina de São João vai sortear R$ 130 milhões e não acumula
Kelvem Barbieri, 25, é vendedor na loja Sete Festas, que fica nas proximidades do Mercado Municipal de Curitiba. Ele diz que a procura por produtos de festa junina aumentou bastante nas últimas semanas. Já os itens para torcer na Copa do Mundo começaram a despontar na segunda-feira (4), pelo início do mundial estar se aproximando. “Mantemos duas mesas decorativas na loja. Uma para festa junina, outra para Copa do Mundo. A movimentação de clientes passa pelas duas, mas a maior procura tem sido por festa junina. A Copa deve esquentar mais perto do jogo de estreia do Brasil”, explica.
De acordo com Barbieri, em um dia de movimento bom, a loja recebe pelos menos 100 clientes, que neste mês sempre têm levado alguma coisa relacionada aos dois temas. Foi o caso de Juliana de Araujo, 31, técnica em enfermagem, que, na tarde de terça-feira (5), garantia os últimos itens para a festa junina programada para este fim de semana. “Já fiz a maioria das compras e, agora, vim para o arremate final”, disse.
Entre os itens que a Juliana comprou estão paçoca, pé de moleque, cocada e beijo de moça. “Algumas coisas comprei prontas. Quentão, por exemplo, é daquele garrafão de cinco litros. Outros produtos como canjica, bolo de fubá, caldo de feijão e caldo de mocotó fazemos na hora”, explica. Em relação ao ano passado, ela sentiu variação de preços. “Mas isso acontece mais perto da época da festa. Se você se planejar para comprar alguns produtos antes, dá para economizar”, reflete. Mesmo com a festa junina de Juliana marcada, a Copa do Mundo não será deixada de lado. “Também vamos fazer festa entre amigos nos jogos do Brasil. Mas isso eu devo ver depois, mais perto do jogo. Uma festa não vai interferir na outra”, arremata.
Leia também: Curitiba terá mais um Hospital Pequeno Príncipe, um megacomplexo de 199 mil m²
Já Andrea Mertens, 37, dona de uma revistaria na Rua Nilo Peçanha, que também estava na Sete Festas, fazia compras para decorar o seu estabelecimento com as cores do Brasil e para revender produtos da Copa do Mundo, acha que uma festa não interfere na outra no quesito comercial. “No meu caso, a época de festa junina tem pouca relevância. O movimento sazonal da Copa é mais interessante. Não acho que uma festa interfira na outra porque o pessoal costuma se reunir e fazer festa para ver o jogo do Brasil. Festa junina é outra coisa. Tem outro objetivo”, aponta. Andrea Mertens também sente que este ano de Copa está mais desanimado. “O clima ainda não esquentou, está mais devagar do que em outros anos, mas não acho que as pessoas vão deixar de torcer”, aposta.
Para Rejane Cunha, 58, gerente da loja Doces Para Festas, no Centro, a junção das vitrines de festa junina e Copa do Mundo ajudam a atrair o consumidor. “A festa junina é mais forte, mas acho que essa união dos dois eventos é saudável”, comenta. “Aqui, sentimos mais efeito quando tem festa junina por causa da venda de doces. Mesmo assim, quando os clientes enxergam a vitrine da Copa, também consumem itens para torcer pelo Brasil. Talvez não haja uma interferência direta na venda de produtos, mas, sem dúvida, uma coisa chama a outra”, conta.
Tanto a loja Doces Para Festas, quanto a Sete Festas mantêm duas mesas decorativas, cada uma com um tema: festa junina e Copa do Mundo.
Para quem vai aproveitar o mês de junho para fazer festa junina, a Gazeta do Povo fez uma média de preços de algumas guloseimas que não podem faltar nas comemorações.
Preços de alguns itens pesquisados para festa junina
- Pinhão
Preço variou: de R$ 10 a R$ 12 o quilo.
- Gengibre para quentão
Preço variou: de R$ 9 a R$ 11 o quilo.
- Pó de cravo e canela para quentão
Preço variou: de R$ 5,90 a R$ 7,90 o pacote com 100 g.
- Garrafão de quentão de 4,5 litros
Preço variou: de R$ 39,90 a R$ 65,90 (com ou sem álcool)
- Garrafão de quentão de 1 litro
Preço variou: de R$ 11 a R$ 18,90 (com ou sem álcool).
- Amendoim coberto
Pouca variação: média de R$ 14 o quilo (misto ou apimentado) .
- Doce de amendoim
Pouca variação: média de R$ 24,25 com 900 g.
- Paçoca
Preço variou: de R$ 22,20 a R$ 25 o quilo.
- Paçoca com chocolate crocante
Pouca variação: média de R$ 17,30 com 120 g.
- Cocada
Pouca variação: média de R$ 31 o quilo.
- Pé de moça
Pouca variação: média de R$ 25 o quilo.
- Pé de moleque
Pouca variação: média de R$ 25 o quilo.
- Gibi
Preço variou: de R$ 16, 30 a R$ 24,15 o quilo.
- Doce de amendoim
Preço variou: de R$ 16,11 a R$ 24,45 o quilo.
- Marshmallow
Pouca variação: médida de R$ 6,99 o pacote com 250 g.
- Marshmallow com cobertura de chocolate
Pouca variação: média de R$ 22,40 a caixa com 250 g.
- Maria mole
Pouca variação: média de R$ 25,50 a caixa com 50 und.
- Doce de abóbora
Pouca variação: média de R$ 25,50 a caixa com 50 und.
- Doce de banana
Pouca variação: média de R$ 17,10 com 500 g.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; acompanhe o Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião