| Foto: Aniele Nascimento /Gazeta do Povo

Ano novo e carnaval são as duas épocas de mais trabalho para os guarda-vidas na temporada de verão nas praias do Paraná. Somente entre o dia 21 de dezembro e o último dia 1º de janeiro, foram registrados 350 casos de afogamento no litoral do estado — uma média de quase 30 ocorrências por dia desde o início da temporada. Ao todo, foram duas mortes.

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E o número é preocupante, pois representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2016, foram 185 casos atendidos pelo Corpo de Bombeiros dentro do mesmo espaço de tempo. — ou seja, um aumento de quase 90%.

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A combinação de mar com consumo de álcool, por exemplo, é uma das principais causas de afogamentos nas praias. Risco que pode ser evitado com medidas simples. “Basta o banhista ter cuidado e não exceder o limite de sua própria segurança”, enfatiza a tenente do Corpo de Bombeiros Virgínia Turra.

Confira algumas dicas para aproveitar o mar com segurança.

Álcool/drogas

Se tiver consumido bebida alcoólica, não entre no mar. “Sob o efeito de álcool, a pessoa perde a capacidade de avaliar riscos. E isso pode ser fatal quando se está no mar”, aponta a tenente Turra. A orientação também vale para outras drogas, incluindo alguns medicamentos que causam sonolência. Se alguém nessas condições quiser entrar na água, impeça.

Crianças na areia

Em nenhum momento, as crianças devem ficar desacompanhadas na praia. Na areia, o recomendável é que os pais ou responsáveis combinem de cada um cuidar de uma criança. Se pai e mãe, por exemplo, ficam responsáveis por todos os filhos, pode acontecer de os dois estarem acompanhando só uma delas, enquanto a outra se perde. Deixe bem claro quem é responsável por quem.

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Pulseirinha

Mesmo ficando de olho nas crianças, pode acontecer de elas se desgarrarem da família. Por isso, é fundamental que os pais coloquem no braço dos filhos a pulseirinha com nome, telefone e endereço, o que facilita encontrar os responsáveis. Opte sempre pela pulseirinha cedida pelos próprios bombeiros. Alternativas feitas em casa, como pulseira de fita adesiva, podem se deteriorar facilmente no mar.

Crianças no mar

Se, na areia, a criança jamais deve estar desacompanhada, no mar o cuidado vale mais ainda. Os pequenos só devem entrar na água com o acompanhamento de um adulto. O adulto, aliás, deve sempre se manter à distância de aproximadamente um metro da criança - o equivalente a um braço estendido. Dessa forma, caso a criança se desequilibre na água, é mais fácil puxá-la e retirá-la do mar.

Salvamento

Não tente ajudar se você não for capacitado a socorrer alguém que esteja se afogando. Muitas vezes, ao tentar ajudar, a situação pode piorar. O ideal, explica a tenente Virginia Turra, é sempre procurar o auxílio de um guarda-vidas.

 

Companhia

Tente sempre entrar no mar acompanhado, mesmo quando ficar na parte rasa. Se algo ocorrer a uma das pessoas, a outra pode buscar socorro.

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Brinquedos infláveis

Nenhum brinquedo inflável deve ser considerado item de segurança. Principalmente para crianças. Em alguns casos, ressalta a tenente Virginia Turra, esses brinquedos podem até agravar o quadro de afogamento. “Eles podem inverter a posição das crianças no mar, as deixando de cabeça para baixo, o que só piora a situação”, reforça.

 

Mar de noite

O recomendável é não entrar no mar de noite, já que de madrugada os salva-vidas não estão de plantão. Se for pular as sete ondas da sorte na entrada do ano novo, só entre no mar até a altura do joelho. Mais do que isso, você pode estar correndo risco.

Água-viva

Se você for atacado por uma água-viva, procure imediatamente um posto de salva-vidas. Em todos os postos há vinagre para ser aplicado no local intoxicado. Até ser atendido, passe apenas a água do próprio mar no ferimento. Água doce só agrava a situação. Não passe nenhum outro produto além de vinagre e a própria água do mar. Dependendo da intensidade da intoxicação, a pessoa pode até se afogar ao ter contato com água viva. Portanto, informe os salva-vidas o local onde aconteceu a intoxicação, para o registro entre nas estatísticas de áreas perigosas.