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Algumas obras da empresa estão abandonadas  | Reprodução/ParanáTV
Algumas obras da empresa estão abandonadas | Foto: Reprodução/ParanáTV

Uma construtora de Curitiba é suspeita de vender 60 apartamentos e não entregá-los aos compradores. As negociações da empresa Ditorres Empreendimentos Imobiliários envolviam quatro prédios – três localizados na capital e um no município de Pinhais – e 21 vítimas já se apresentaram à Delegacia de Estelionato para registrar o Boletim de Ocorrência. Uma das sócias da companhia foi presa em Santa Catarina e três pessoas ainda estão foragidas. 

De acordo com a delegada Vanessa Aline, responsável pelo caso, a investigação iniciou em meados de julho, quando as primeiras vítimas denunciaram a empresa. “Elas relataram ter comprado apartamentos dessa construtora, mas os empreendimentos não foram entregues e há prédios que nem saíram da planta”, informou. As primeiras negociações ocorreram em 2013. Segundo o jornal Paraná TV 2ª Edição, o prejuízo total causado pela construtora chega a R$ 30 milhões.

A delegada também comenta que, em alguns casos, o mesmo imóvel foi vendido para mais de um cliente. “A vítima chegou em seu apartamento e percebeu que a fechadura havia sido trocada porque o local estava sendo utilizado por outro proprietário que também tinha adquirido o imóvel”.

Em Curitiba, os apartamentos prometidos pela construtora seriam construídos nos bairros Capão Raso, Jardim Botânico e Jardim das Américas. Também foi prometido um edifício em Pinhais. 

Prisão preventiva

A polícia prendeu uma antiga sócia da empresa no município de Rio do Sul, em Santa Catarina. Segundo Vanessa, a mulher não possui relações com a empresa atualmente, mas gerenciou a construtora na época em que alguns apartamentos foram vendidos. De acordo com o advogado de defesa, Jeffrey Chiquini, a acusada não possui mais vínculo com a construtora desde 2010 e que, por isso, não possui qualquer envolvimento ou particpação nos fatos investigados.

Outros três suspeitos – um homem e duas mulheres – não foram localizados em seus endereços e a polícia espera que eles se apresentem. Todos responderão judicialmente por estelionato e, se forem condenados, podem passar até cinco anos em regime de reclusão. 

Novas vítimas

Vanessa acredita que existam outras vítimas do golpe e pede que todas se apresentem à delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência e contribuir com a investigação. 

Além disso, a delegada aconselha àqueles que estão adquirindo imóveis na planta a se informarem bem a respeito da construtora escolhida antes de fecharem o contrato. “Lembrando que nunca devem efetuar o pagamento total do imóvel antes de receber a escritura”.

Suspeita presa

A defesa da única suspeita presa no caso, que foi encontrada em Rio do Sul, Santa Catarina, afirma que o crime de estelionato da qual é acusada de participar foi cometido entre os anos de 2014 e 2015. A participação da acusada na empresa, no entanto, teria sido encerrada no ano de 2010, segundo o advogado Jeffrey Chiquini, que a representa. Neste ano, inclusive, teria sido retirado o nome da pessoa do Contrato Social da companhia, encerrando o vínculo. Em 2010, a acusada teria se mudado para a cidade catarinense, onde trabalha e reside desde então, em atividade diversa a da construtora.

Pelos motivos apresentados, a defesa pediu a revogação da prisão da acusada e espera deliberação da 14ª Vara Criminal de Curitiba

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