Pessoas que tiveram contato com a água das chuvas de terça-feira (6), em Curitiba, têm risco de contrair leptospirose. O alerta vem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que ressalta a importância da população estar atenta aos indícios da doença. Apesar de ter sintomas parecidos com os de uma gripe comum, a leptospirose pode levar à morte.
Saiba como evitar a leptospirose
Veja os sintomas da leptospirose
Segundo a secretaria, a doença é transmitida pela leptospira, uma bactéria presente na urina de ratos. Em dias de chuvas fortes e enchentes, a urina desses animais é carregada junto com a água de bueiros, esgotos e outros ambientes. Por isso, quem teve contato com água das chuvas deve procurar um médico caso apresente sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares e icterícia (pele amarelada).
“Geralmente se o paciente tiver os sintomas e o vínculo epidemiológico, que é o contato com a água de alagamentos, os médicos já iniciam o tratamento para a leptospirose, feito com antibióticos”, explica a diretora do departamento de epidemiologia da pasta, Caroline Krebsbach . A prontidão é adotada por causa da gravidade da doença, cujos casos costumam aumentar depois de enchentes.
Segundo Caroline, o contágio acontece por meio dos olhos, boca e pele - especialmente caso haja machucados abertos. Se houver contaminação, os sintomas podem aparecer entre cinco e 30 dias após o contato com a urina do roedor. “Depois desse tempo termina o período de incubação da bactéria e a doença é descartada”, esclarece a diretora.
Segundo um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, Curitiba teve 34 casos confirmados de leptospirose até maio deste ano . Ao longo de todo o ano passado, 110 pessoas tiveram a doença na cidade.
Prevenção
Para evitar a contaminação, a secretaria indica evitar a circulação em áreas que tenham tido alagamentos. Caso seja necessário, porém, é preciso fazer uso de botas de borracha e realizar a limpeza do ambiente com água sanitária, na proporção de 250 mililitros para cada 25 litros de água utilizados. Outro passo fundamental é não levar as mãos molhadas com água de alagamento à boca ou aos olhos. Assim, pode-se evitar que a bactéria penetre em regiões de mucosas no corpo ou em lesões da pele.
Além disso, é importante saber a origem de alimentos como frutas e verduras, que precisam ser bem lavados e não devem ser consumidos caso tenham tido contato com água de enchentes ou apresentem alteração de cor. “Também é importante manter fechados potes de ração de animais domésticos e deixar os ambientes em geral sempre limpos e livres de lixo, pois a falta de higiene gera habitat favorável para os ratos”, orienta Caroline.
Colaborou: Cecília Tümler
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