Os pacientes da ala pediátrica do Hospital Evangélico, em Curitiba, receberam uma visita inesperada na última terça-feira (10). Bombeiros e cães de busca e salvamento do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar foram até o hospital fazer uma visita em comemoração ao Dia das Crianças, distribuindo frutas e pipocas para os pequenos.
No entanto, foram os animais que mais chamaram a atenção durante a visita. Ao todo, três dos oito cães do Gost participaram da ação. Pelos corredores e quartos do hospital, Thor, o simpático Golden Retriever de cinco anos; Suzy, a animada filhote de labrador de um ano e meio, e Jane, uma bloohound de 11 anos, que já está aposentada, arrancaram muitos sorrisos e ainda posaram para as fotos.
Segundo o capitão Daniel Lorenzetto, comandante do Gost, a atividade com as crianças é algo recompensador para todos os envolvidos. “Com os nossos cães, o objetivo é aproximar o bombeiro do hospital e das crianças, para trazer um momento de felicidade e ajudar no processo de melhora delas. Assim, a gente consegue fazer brincadeiras e receber sorrisos. É bem legal para nós e para as crianças”, revelou o capitão.
Para a vendedora Lea Martins Gonçalves de Farias, 28, mãe do pequeno Kaleb, de sete meses, a iniciativa está mais do que aprovada. “Eu acho legal, criança gosta de bichinho. Hoje ele vai fazer uma cirurgia e ficou sem comer, foi uma distração para ele ver os cachorros, deu uma animadinha”, contou a mãe.
Quem também aprovou a vinda dos cães foi menino Eduardo Lourenço, que se encantou com a veterana Jane e com sua réplica em pelúcia, mais um presente dado pelos bombeiros às crianças. “Ela é muito linda. E o cachorrinho é igualzinho, eu tenho um pit bull chamado Zig, mas também queria ela para mim”, disse ao lado de sua mãe, a dona de casa Jucimara Ribeiro Lourenço, 40.
Sem riscos
De acordo com a pediatra que atua na coordenação da residência do Hospital Evangélico Janayne Mançaneira, a presença dos animais em ambiente hospitalar é benéfica e segura. “Eles estão fora do ambiente deles, fora de casa. Quando os cachorros vêm, eles se sentem mais à vontade e acabam saindo do leito, indo brincar — e isso ajuda bastante. E eles são preparados para estar aqui, não tem nenhum perigo ou risco para as crianças, pelo contrário, os cachorros só trazem coisas boas”, diz.
Opinião também defendida pelo médico cirurgião plástico na ala de queimados no Hospital Evangélico José Luiz Takaki. “O psiquismo da criança muda com este tipo de visita. É uma coisa diferente que tira aquele ar de hospital, onde ela está sempre associando isto ao tratamento e a dor”.
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