![Criminosos que resgataram detentos tinham munições iguais às das guerras do Vietnã e do Iraque | Gerson Klaina/Tribuna do Paraná](https://media.gazetadopovo.com.br/2018/09/5eaac6bd63d82a2a3f63076c5e4333f4-gpLarge.jpeg)
Buscas realizadas pela Polícia Militar (PM) nesta terça-feira (11) confirmaram que os criminosos responsáveis pelo resgate de 29 presos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I) estavam armados para a guerra. Ao todo, cerca de 400 munições para fuzis foram localizadas nos arredores do complexo penitenciário, além de carregadores e explosivos.
Entre as munições apreendidas, 398 eram unidades para fuzil calibre 762 – mesma arma utilizada na Guerra do Golfo e na Guerra do Vietnã – e também quatro munições do fuzil 556 - modelo usado pelo governo norte-americano na Guerra do Iraque.
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Segundo a PM, também foram apreendidas serras de corte, barbantes explosivos e duas mochilas de acampamento nas proximidades da penitenciária. No entanto, até a noite desta terça, nenhum foragido havia sido recapturado.
As buscas ocorrem desde a madrugada com o auxílio de um helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA). A PM não divulgou detalhes da operação, mas dezenas de policiais estiveram na região de Piraquara e também no Contorno Leste (BR-116), onde os criminosos também deixaram um cenário de guerra ao incendiar cinco caminhões e dois veículos. A ação gerou cerca de 30 quilômetros de congestionamento na pista sentido São Paulo durante a manhã.
Próximo aos caminhões queimados no Contorno Leste, a PM também localizou uma caminhonete Blazer abandonada. Dentro do veículo foi encontrado um bloqueador de sinal e duas toucas de modelo balaclava, que esconde o rosto do indivíduo.
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A fuga
O arrebatamento na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I) iniciou por volta das 3h, quando um grupo de criminosos trocou tiros contra os policiais que faziam a segurança do complexo, enquanto outro grupo utilizava explosivos para estourar o muro e invadir as galerias.
De acordo com o secretário especial da Administração Penitenciária do Paraná, coronel Hélio de Oliveira Manuel, os criminosos cortaram o gradil externo e ainda danificaram uma parede dentro do presídio para chegar às celas e resgatar os 29 detentos. “Eles tentaram invadir duas galerias, mas entraram em apenas uma delas devido à ação rápida dos policiais, que evitaram uma fuga maior”, disse. Cada galeria tem capacidade para até 180 detentos.
Segundo o secretário, todo o complexo passou por revista durante a manhã desta terça na tentativa de localizar armas ou explosivos que tivessem ficado no local. Além disso, os reparos foram realizados durante a tarde, sem a necessidade de remanejamento dos presos. “Os danos não tiveram grande extensão e a unidade está funcionando normalmente, sem perigo de outros detentos fugirem”, afirmou.
Denúncias
Quem tiver informações a respeito da localização dos foragidos pode entrar em contato com a PM de forma anônima pelo disque-denúncia 181 ou pelo telefone 190.
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