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Nesta época do ano as águas-vivas e caravelas são uma preocupação a mais para os banhistas no litoral paranaense.
Nesta época do ano as águas-vivas e caravelas são uma preocupação a mais para os banhistas no litoral paranaense.| Foto: Pixabay

Com o maior movimento de pessoas no litoral paranaense a cada dia, não é apenas o cuidado com afogamentos que os banhistas devem se atentar dentro do mar. Acidentes com águas-vivas e caravelas são preocupações constantes para os pais. Por curiosidade e desconhecimento, as crianças costumam tocar nestes animais marinhos e as consequências podem ser graves.

A principal orientação realmente é não tocar, mesmo que elas pareçam mortas na areia. Se ocorrer de uma pessoa ser queimada, a primeira medida é lavar o local apenas com a água do mar e não esfregar a região atingida. Na sequencia, procure um posto de salva vidas que ajudará a eliminar a ação da toxina.

“O atendimento feito pelos bombeiros na praia consiste na aplicação de vinagre na região da pele que teve contato com a água-viva para aliviar a dor e parar a ação da toxina do animal”, explicou Tatiane Brites Dombroski, enfermeira da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações.

Casos no Litoral Paranaense

Segundo o Corpo de Bombeiros, os casos de queimaduras por águas-vivas e caravelas vêm diminuindo no Estado. Na temporada 2018/2019, foram 1.469 atendimentos. O maior número de acidentes ocorreu há três anos, quando mais de 27 mil pessoas sofreram a ação destes animais marinhos.

“Somos nós humanos que neste período de verão fazemos uso das praias, invadindo então o espaço delas, onde o acidente provocado pelo contato homem/animal acaba acontecendo. Águas-vivas e caravelas não atacam as pessoas, os acidentes acontecem quando por algum motivo, existe o contato com os banhistas e, neste momento, liberam substâncias na pele que causam o envenenamento, popularmente conhecido como queimadura”, relatou Emanuel Marques da Silva, chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde do Estado.

Principais sintomas e como evitar acidentes com águas-vivas:

Quais os sintomas?

  • Os mais comuns são as urticárias e queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a 24 horas;
  • Nos casos mais graves, podem ocorrer dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras, e outros que vão desde a dificuldade respiratória até as arritmias cardíacas, paralisia, delírio e convulsão;
  • A morte é rara, mas pode ocorrer por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da intoxicação ou de anafilaxia.

Como evitar?

  • Ocorrem mais em águas calmas e quentes (90%) e no período da tarde (69%) e atingem mais as pernas (77%), os braços (11%), o tronco (10%) e a cabeça (2%); 
  • Roupas de neoprene (borracha) são úteis;
  • Mesmo mortas, os tentáculos podem grudar na pele e provocar graves lesões;
  • Na remoção dos tentáculos grudados nunca use as mãos desprotegidas. 

Como tratar?

Ao ser atingido…

  • Não coce o local;
  • Não tente remover os tentáculos aderidos com as próprias mãos;
  • Mantenha a calma e tente sair da água o mais rápido possível, para evitar o risco de choque e afogamento;
  • Lave abundantemente a região atingida com a água do mar e procure um posto de salva vida. Não utilize água doce;
  • Não passe no local bebida alcoólica ou urina. Isto é mito!
  • Havendo reação alérgica ou inflamatória importante procure um médico para orientação.
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