A vacinação da Covid-19 em crianças está baixa e preocupa em Curitiba. Porém, a prefeitura confia que o quadro deva se reverter com o fim das férias escolares. Nessa terça-feira (8), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) concluiu a convocação de todas as crianças de 5 a 11 anos e quarta-feira (9) passa a fazer repescagem contínua desse público, conforme a quantidade de doses [leia mais abaixo].
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Até segunda-feira (7), menos da metade do público infantil convocado para aplicação da primeira dose compareceu às unidades de saúde da capital, apenas 43%. Do total de 154 mil crianças habilitadas até essa data, apenas 66,2 mil se vacinaram. Ou seja, 87,8 mil curitibinhas terão que se vacinar fora da data planejada, na repescagem.
"Entendemos que janeiro é um mês atípico para as famílias, com férias escolares, muitas gente viajando ou mesmo com as crianças passando um período na casa de outros parentes. Por isso, confiamos que agora com a volta da rotina familiar a imunização infantil vá aumentar", avalia a superintendente de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flávia Quadros.
A prefeitura também acredita que o grande número de infecções por Covid-19 das próprias crianças ou dos pais e responsáveis neste início do ano com a variante ômicron, mais transmissível, tenha atrapalhado a vacinação dos pequenos. "Se a pessoa se infectou com Covid-19 tem que aguardar 30 dias após estar curada para se vacinar", explica Flávia.
A superintendente de Gestão afirma que a vacinação das crianças deveria ter sido prioridade das famílias, mesmo que estivessem fora de suas rotinas neste início do ano. Porém, ela confia que, assim como foi a imunização adulta, o cenário vai se reverter. "Essa baixa adesão da vacina das crianças preocupa. Mas estamos confiando que esse retorno à rotina vai levar mais crianças aos postos de saúde agora que a repescagem infantil será aberta para todas as idades. Precisamos vacinar toda a população, inclusive as crianças", enfatiza Flávia.
O prefeito Rafael Greca não escondeu a frustração com a baixa procura da vacina sábado (5), quando a SMS disponibilizou 27 unidades de saúde e cerca de mil servidores municipais para aplicar a primeira dose nas crianças. "No sábado, dia 05/02, era para termos vacinado até 40 mil curitibinhas. Apareceram SÓ 14 mil! Vacina é vida, Covid é doença que criança alguma merece. Levem os pequeninos às unidades de vacinação!", apelou o prefeito em suas redes sociais.
Para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos que não compareceram aos postos de saúde na data de convocação, a prefeitura de Curitiba abre nessa quarta-feira a repescagem infantil. Nessa quarta-feira, a repescagem será para crianças nascidas nos anos de 2013 e 2014.
Transmissão acelerada entre as crianças
Diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe (HPP) em Curitiba, o médico infectopediátrico Victor Horácio de Souza Costa Jr enfatiza que o cenário atual da Covid-19 entre as crianças é preocupante, o que reforça ainda mais a importância da imunização. "A recomendação é para que os pais levem as crianças para se vacinar o quanto antes. Não deixem para depois, porque estamos vivendo uma avalanche de casos pediátricos de Covid qua não vimos até aqui na pandemia", reforça o pediatra.
Maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe registrou nesta quarta-feira 808 crianças com Covid-19 desde o início de 2022. Ou seja, em pouco menos de um mês e meio, o número de infecções pediátricas registradas no HPP já equivale a 62% de todos os 1.300 casos atendidos no hospital ao longo de todo ano de 2021.
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