O assoreamento na região do Parque São Lourenço, em Curitiba, tem preocupado os moradores. O acúmulo de detritos, lixo, entulho ou outros materiais interfere na topografia dos leitos dos rios e faz com que o local não suporte todo o seu volume hídrico. E aí ocorrem os alagamentos.
No registro feito pelo fotógrafo Gerson Klaina, da Tribuna do Paraná, é possível ver a “camada” que se formou no leito do rio – ou lago, como é chamado por alguns. Marcos Grassi, professor de Química Ambiental do departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), confirma que o assoreamento faz com que os alagamentos aconteçam de maneira frequente na região.
“Esses locais, como o que temos no parque, servem para acumular o grande volume de água que vem da chuva. Isso porque nos grandes centros urbanos os solos são muito impermeabilizados e com o assoreamento, esse acúmulo não acontece. E aí, os alagamentos acontecem com frequência, porque o volume de água é maior”, esclareceu.
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O grande volume também pode provocar doenças, como a leptospirose. O ideal é prevenir que o acúmulo de detritos, mas, quando ocorre, é preciso fazer uma dragagem, que tem um preço alto. "A população precisa ter consciência e deixar de contaminar esses lugares", explicou.
Dragagem à vista
Para solucionar o problema, a prefeitura de Curitiba deve começar a dragagem em abril. A promessa é de que a capacidade do rio aumente e que os alagamentos deixem de acontecer mesmo com as fortes chuvas. Além disso, o órgão explicou que com as chuvas de verão, houve aumento considerável do material assoreado, principalmente em razão do lago do Parque São Lourenço ter a função de contenção.
Apesar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente trabalhar com manutenções periódicas, a dragagem ainda é melhor solução, além da conscientização das pessoas. As obras já estão contratadas e devem ter início nas próximas semanas.