Curitiba define como será vacinação de quem tem comorbidades e grávidas. Entenda!

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A prefeitura de Curitiba definiu como será a vacinação da Covid-19 das pessoas com comorbidades, grávidas e puérperas no próximo grupo prioritário a ser vacinado após a conclusão da imunização dos idosos. Com a definição de quais enfermidades serão liberadas a vacinação (ver lista abaixo), a estimativa é de que a capital vacine 300 mil pessoas deste que é o segundo grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI).

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Curitiba vai seguir a orientação do Ministério da Saúde de vacinar pessoas com enfermidades conforme a idade, da mais alta, 59 anos, para a mais baixa, 18 anos, com exceção das gestantes, que vão se imunizar independente da idade

Pacientes que já são atendidos pelo SUS não precisarão apresentar nenhum documento. Eles serão convocados automaticamente, conforme a ordem do cronograma da vacinação.

Já os pacientes atendidos pela rede privada ou planos de saúde terão que apresentar uma declaração do médico detalhando a comorbidade com a indicação do CID, o número de registro da doença cadastrada no Ministério da Saúde. A declaração para ser preenchida estará disponível no site do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).

O médico deve declarar que o paciente está sob seus cuidados e assinalar a veracidade e autenticidade das informações, sob pena de responsabilização pelo Código de Ética Médico e pelo Código Penal. A declaração será enviada por e-mail ao paciente, que deverá imprimir e apresentar no momento da aplicação da vacina.

Quinta-feira (29), a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, se reuniu com o presidente do CRM-PR, Roberto Yosida, e o presidente da Unimed Curitiba, Rached Trava, para orientar como será a emissão da declaração por parte dos médicos. “Nosso objetivo é já deixar todos informados sobre as regras para esse grupo, para que todos tenham tempo hábil de se preparar”, afirma a secretária de Saúde Márcia Huçulak ao site da prefeitura.

Veja abaixo quem vai poder ser vacinar no grupo de comorbidades:

Gestantes e puérperas

As grávidas e puérperas - mães que deram a luz nos últimos 45 dias - terão prioridade e não vão precisar seguir a ordem da imunização por idade. As gestantes já acompanhadas pelo SUS poderão se vacinar assim que começar a aplicação nos grupos com comorbidades sem apresentar documentação extra.

Já as grávidas atendidas na rede particular vão precisar apresentar a declaração do médico. A estimativa é de que o grupo de gestantes e puérperas seja de 35 mil mulheres.

Pessoas com deficiência permanente

Pessoas com deficiência permanente seguirão a ordem de vacinação por idade. Essas pessoas devem estar cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC). A Fundação de Ação Social (FAS) vai fornecer a lista deste grupo para as unidades de saúde.

Comorbidades em geral

Neste caso, a vacinação também será pela ordem de idade conforme as comorbidades determinadas pelo Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Pacientes atendidos pelo SUS não precisam apresentar nenhuma declaração. Já os atendidos na rede particular e planos de saúde terão que apresentar declaração assinada pelo médico no dia da aplicação da dose.

Abaixo, a lista de enfermidades cujos pacientes poderão se imunizar:

- Diabetes mellitus - qualquer indivíduo com a doença.

- Pneumopatia crônica grave - indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave com uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática).

- Hipertensão Arterial Resistente - pacientes cuja pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou com pressão arterial controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.

- Hipertensão Arterial estágio 3 - pressão arterial sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo ou comorbidade.

- Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade - pressão arterial sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.

- Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.

- Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.

- Cardiopatia hipertensiva - hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo.

- Síndromes coronarianas crônicas - angina pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio.

- Valvopatias - lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico.

- Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática

- Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas - aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.

- Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada - fibrilação e flutter atriais; entre outras.

- Cardiopatias congênitas no adulto com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico

- Doença cerebrovascular - acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.

- Doença renal crônica estágio 3 ou mais - taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e síndrome nefrótica.

- Imunossuprimidos - indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas).

- Anemia falciforme

- Obesidade mórbida - IMC maior ou igual a 40.

- Síndrome de down