Reunião do Comitê da Pandemia da prefeitura na tarde desta terça-feira (25) decidiu prorrogar a decisão sobre se Curitiba retorna à bandeira vermelha, com decreto do lockdown. Por enquanto, a decisão foi de manter as restrições vigentes até sexta-feira.
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Segunda-feira (24), os leitos de enfermagem para tratamento de Covid-19 do SUS colapsaram na cidade, com mais nenhuma vaga aberta. Os leitos de UTI também caminham para o colapso, com 96% de ocupação.
Após declarar segunda-feira (24) que "tudo aponta" para o retorno das restrições mais severas, a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, voltou a enfatizar nesta terça que os índices levam para isso - o que pode agora ocorrer na próxima sexta-feira. E informou que o governo do estado também vai tomar medidas para conter a aceleração da transmissão do coronavírus em todo o Paraná para permitir um alívio no sistema de saúde, novamente à beira do colapso.
"Os indicadores da semana passada já estavam muitos próximos, eles apontavam para a bandeira vermelha. Hoje vamos fazer análise para tomar a decisão. Também estamos aguardando um decreto do governador", informou a secretária em 4h30 de explicações sobre o combate à pandemia em Curitiba em sessão na Câmara de Vereadores.
A secretária municipal afirma que recebeu ligação sábado (22) da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informando que, diante do agravamento da pandemia em todo o Paraná, o governo vai aumentar o toque de recolher e deve também decretar medidas restritivas no comércio. Márcia espera que entre as medidas estaduais esteja a publicação de um decreto metropolitano, assim como feito em março/abril, para que as cidades da região vizinhas de Curitiba sigam as mesmas medidas restritivas.
" Vamos aguardar [o decreto estadual], porque temos tentando trabalhar alinhados com a Secretaria de Estado de Saúde. Vamos aguardar a decisão se vai ter decreto metropolitano. Mas a nossa bandeira é uma coisa e a as medidas do estado são outras", afirmou, insinuando que a prefeitura não precisa aguardar a decisão do governo estadual para retomar a bandeira vermelha. "Mas estamos alinhados, porque tudo que ocorre na região metropolitana impacta na nossa assistência à saúde", enfatizou Márcia na sessão com os vereadores.