O aumento da passagem do ônibus em Curitiba de R$ 4,25 para R$ 4,50, antecipado pela Gazeta do Povo e confirmada nesta sexta-feira (22) pelo prefeito Rafael Greca (PMN), pode ser acompanhada de novas formas de pagamento para acessar os veículos, inclusive usando o telefone celular.
“Nós queremos trazer uma modernização para a bilhetagem, com reconhecimento facial, formas de pagamento pelo celular e que o passageiro tenha como entrar no ônibus sem precisar de dinheiro e de maneira fácil”, afirmou o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
Por enquanto essas mudanças estão em estudos pela Urbs, que pretende colocá-las em prática em 2020. “Na Europa e em qualquer outro lugar do mundo é assim. Nós perdemos tempo e agora temos que recuperar esse tempo perdido”, disse.
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A modernização do sistema de bilhetagem deve também atingir toda a Região Metropolitana de Curitiba. A expectativa da prefeitura e da Comec, que gerencia o transporte coletivo das cidades vizinhas da capital, é de que haja apenas um tipo de bilhetagem e sob o mesmo preço.
E ao ampliar as formas de pagamento e não incentivar o uso de dinheiro, o plano da Urbs e da Comec é diminuir o custo do sistema do transporte coletivo, inclusive extinguindo de vez a figura do cobrador dentro dos ônibus.
“A Setransp [Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana] apresentou um plano de requalificação profissional para os cobradores. Dentro do próprio sistema eles vão se aposentando. Isso é uma transição que vai demorar de dois a três anos”, explicou Maia Neto. Hoje o sistema conta com 3.424 cobradores.
Integração de linhas
No acordo assinado entre a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná, que garantiu R$ 90 milhões de subsídio ao sistema do transporte coletivo, estão previstas mais integrações de linhas entre a capital e a região metropolitana.
As primeiras linhas que serão integradas são a Tupi/Vila Juliana, ligando Araucária ao bairro Tatuquara. Outra novidade é a ligação entre Colombo e a estação Fagundes Varella, na Linha Verde. Ambas devem começar a operar em março.
“O passageiro poderá ir de Colombo, passar pela estação Fagundes Varella na Linha Verde e com uma única passagem ir até Fazenda Rio Grande. Vai ser a maior linha de integração metropolitana que já foi feita”, afirmou o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
Sete outras linhas metropolitanas, que estavam com itinerários seccionados, serão reintegrados em breve. São elas: Colombo/CIC, Araucária/CIC, Angélica/CIC, Caiuá/Cachoeira, Roça Grande/Santa Cândida, PUC/Fazenda Rio Grande e Quatro Barras/Santa Cândida.
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