
A Justiça aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e tornou réus o ex-secretário municipal de Habitação e Urbanismo de Curitiba Reginaldo Luiz dos Santos Cordeiro e mais duas pessoas investigadas na Operação Al Barã II. Eles foram denunciados pela suposta prática de associação criminosa e corrupção ativa e passiva. O secretário, um empresário do ramo imobiliário e um de seus funcionários estariam envolvidos no esquema criminoso, ocorrido entre 2013 e 2016, segundo apuração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ação penal vai correr na 13ª Vara Criminal de Curitiba.
De acordo com as investigações, o empresário teria combinado o pagamento de valores considerados pelo Gaeco como benefícios ilegais ao ex-secretário, para que este atuasse na facilitação de trâmites para liberar empreendimentos imobiliários. Os promotores encontraram indícios de esse ex-secretário teria afastado, de modo irregular, o que o MPPR chamou de “entraves e exigências legais” necessárias para a concessão de alvarás e outras exigências legais. Assim, identificou o Gaeco, obras que não estariam em total conformidade com os regulamentos urbanísticos eram liberadas para execução.
O benefício ilegal identificado pelas investigações, destaca o MPPR, teria sido a cessão gratuita de um apartamento “personalizado” para moradia do ex-secretário pelo período de um ano e meio. O benefício foi estimado pelos promotores em cerca de R$ 81 mil à época dos fatos, supostamente ocorridos entre 2013 e 2014.
Além disso, o ex-secretário teria tido acesso a uma consultoria que o auxiliou na compra de outro imóvel. Uma empresa ligada ao empresário investigado teria adquirido um imóvel do ex-secretário pelo valor de R$ 300 mil. Mas, segundo as investigações, o imóvel sequer foi transferido para o nome da empresa. Dois anos depois houve a transferência de titularidade, e o valor informado pelo negócio foi menor do que o supostamente pago ao ex-secretário. Além desses valores, o Gaeco também identificou depósitos bancários suspeitos na conta do investigado.
A Gazeta do Povo tenta contato com os advogados de Reginaldo Luiz dos Santos Cordeiro, mas não teve sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para as manifestações da defesa.
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