A prefeitura de Curitiba garante ter condições de repor os servidores da saúde caso haja um grande número de afastamentos do trabalho por infecção de Covid-19 ou gripe. Esses afastamentos já vêm sendo registrados em outras áreas profissionais no país, como entre os trabalhadores da aviação, o que vem gerando transtorno nos aeroportos com uma série de voos cancelados.
Em uma semana, o número de pessoas infectadas na capital aumentou cinco vezes, com o número de casos ativos saltando de 1,6 mil para 8 mil na última terça-feira (11). Nessa quarta-feira (12), o governo do Paraná confirmou o primeiro caso identificado laboratorialmente de Covid-19 pela variante ômicron e decretou epidemia de gripe pelo vírus H3N2.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até agora os casos confirmados entre os servidores municipais não tiveram impacto no atendimento à população. Terça-feira (11) eram apenas 47 profissionais afastados por síndromes respiratórias. Esse montante representa apenas 0,05% do total de 9.833 servidores do SUS Curitibano, incluindo trabalhadores da linha de frente, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, bem como outras categorias, como dentistas e agentes comunitários.
"O município já enfrentou momentos críticos da pandemia sem sucumbir à falta de profissionais. Há estratégias de contratações emergenciais por Processo Seletivo Simplificado (PSS), pagamento de horas extras, entre outras estratégias caso necessário", garante a SMS em nota encaminhada à Gazeta do Povo.
Dos 47 profissionais da Saúde afastados até terça-feira por síndromes respiratórias, 35 tiveram diagnóstico confirmado para Covid-19. Os outros 13 trabalhadores estão afastados por síndromes respiratórias diversas.
Todos os profissionais de saúde do setor público e privado já receberam a dose de reforço da vacina de Covid-19. Junto com os idosos, eles foram os primeiros da fila do grupo prioritário da campanha nacional de imunização.
Dificuldade em 2021
Curitiba não chegou a ter problemas de falta de profissionais nas unidades de saúde e hospitais ao longo da pandemia.
Mesmo assim, no pico da crise sanitária em 2021, o sistema teve dificuldade para contratação emergencial de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para atuar diretamente no atendimento de pacientes com Covid-19. A dificuldade de contratar ano passado foi pelo temor que esses profissionais tinham de se contaminar.
De acordo com a Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), responsável pela contratação de equipes do SUS na capital, em junho de 2021 apenas sete das 40 vagas abertas em janeiro para contratação de médicos de UTI haviam sido preenchidas. No mesmo período, apenas 30 médicos de assistência primária responderam ao chamamento público de 265 vagas. Enquanto que das 369 vagas abertas para enfermeiros naquele período, apenas 47 haviam sido preenchidas.
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