Um ônibus adaptado para oferecer refeições à população em situação de rua no período da noite será disponibilizado pela prefeitura de Curitiba até o fim de junho. Anunciado na noite de segunda-feira (12) pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em sua página no Facebook e batizado “Expresso Solidariedade”, o ônibus articulado transformado em refeitório deverá ter mesas e cadeiras para atender entre 20 e 25 pessoas por vez.
“A ideia é a gente acolher essas pessoas para fazer refeições. Tem muitas igrejas e grupos fazendo essa distribuição na cidade, algumas têm estrutura para o frio e a chuva, mas a maioria não”, explica a diretora de Atenção à População de Rua da FAS, Maria Alice Erthal.
A proposta é inspirada em outro projeto lançado por Rafael Greca no passado: a “Linha do Sopão”, que servia sopa na Praça Rui Barbosa a partir das 21 horas durante o inverno. A diferença é que a prefeitura deve apenas ceder o ônibus, enquanto a refeição deverá ser ofertada pelos grupos voluntários que já realizam esse tipo de trabalho. Conforme Maria Alice, a prefeitura estima que entre 35 e 40 grupos realizem ações desse tipo hoje em Curitiba. Para atender a população em situação de rua durante vários dias da semana, um rodízio entre esses grupos deve ser estabelecido para a utilização do veículo.
O rodízio depende da oficialização das parcerias entre o Executivo municipal e aqueles que oferecem refeições, assim como os locais onde o Expresso Solidariedade poderá ser encontrado a cada dia. Segundo a postagem de Greca, ele deve circular por locais como o Mercado Municipal, a Praça Rui Barbosa, a Praça Tiradentes, a Praça Eufrásio Correia, a Praça Ouvidor Pardinho e o Terminal Guadalupe.
No entanto, a diretora da FAS afirma que a operacionalização da iniciativa ainda está sendo discutida. “Ainda estamos no processo. Vamos conversar com as igrejas e os grupos, nos reunir com eles. Muitos já demonstraram interesse em participar”, afirma Maria Alice.
Atendimento social
Além do espaço para as refeições, o ônibus da iniciativa contará com espaço para armazenar todos os materiais a serem utilizados durante a distribuição de refeições e uma área para atendimento social. Dessa forma, a prefeitura acredita que o “Expresso Solidariedade” funcionará como outra porta de entrada para o encaminhamento da população em situação de rua aos serviços de acolhimento do órgão.
“Vai ter o acompanhamento de educadores e assistentes sociais. Não fechamos ainda se os assistentes estarão presentes todos os dias, mas os educadores, sim”, conta a diretora da FAS. Além disso, kombis da FAS devem participar das ações.
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