Diferentemente de outras capitais, Curitiba não deverá ter, pelo menos por enquanto, hospitais de campanha. A informação foi destacada pela secretária da Saúde do município, Márcia Huçulak, em videoconferência com vereadores. Para atender pacientes com Covid-19, no entanto, a prefeitura pretende usar leitos também de hospitais privados e até reativar instituições fechadas.
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“Curitiba não tem mais diferença entre leito SUS e não SUS”, disse a secretária. Ela apontou que tem conversado com hospitais privados para que a rede também receba os pacientes. Com isso, indica a pasta, são hoje mais de 5,7 mil leitos disponíveis, com 760 de UTI. A secretária apontou que a prefeitura prevê mais 697 leitos clínicos e 240 de UTI de retaguarda – a serem usados, caso necessário.
A equipe mapeou outros 350 leitos possíveis, mas ainda não formalizados.
Huçulak indica que a capital pretende reativar o Hospital Vitória, no CIC, para atender pacientes com o novo coronavírus. A instituição, que pertence ao grupo Amil, estava fechada desde dezembro. “Ele tem 130 leitos, mas capacidade para receber 140. Podemos fazer 20 leitos de UTI”, disse. A reabertura será “no momento adequado”, ela destacou.
Huçulak afirmou que tem à disposição o espaço de exposições ExpoRenault, no Parque Barigui, e o Ginásio de Esportes, no Tarumã, para montar estruturas médicas. A prefeitura pretende, porém, utilizar prioritariamente infraestrutura já existente. “A dificuldade [nesses atendimentos] são respiradores e equipes. Bons médicos e enfermeiros intensivistas. Montar uma barraca num campo de futebol sem uma rede de gases pode espalhar o vírus. Montar barraca e jogar cama dentro não é o que precisamos”, afirmou Huçulak, que disse não querer criar “morredouros” em Curitiba.