Curitiba vive um período de seca. A última vez que choveu significativamente na capital foi no dia 20 de junho – exatamente há um mês –, quando o registro foi de 10 mm de precipitação. De lá para cá, apenas na última segunda-feira (17) a chuva caiu na cidade, mas em pouca a quantidade. Até agora, em julho, foram apenas 8 mm de chuva, em um mês que registra, em média, 98 mm, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ou seja, choveu apenas 8% do esperado para o mês.
Confira os gráficos pluviométricos do Instituto Nacional de Meteorologia para Curitiba
Para o meteorologista Lizandro Jacobsen, do Simepar, apesar da baixa precipitação, a condição de tempo seco é característica do inverno curitibano. “Não que seja normal, mas isso é gerado pelo veranico, marcado pelo tempo mais seco e mais quente, com ausência de chuvas”, ressaltou.
O que é conhecido popularmente como veranico é uma situação em que há um bloqueio atmosférico, marcado por um fluxo que traz para a superfície o ar seco de níveis mais elevados da atmosfera, inibindo a formação de nuvens, direcionando as frentes frias para o mar e resultando em dias de céu limpo. O período em que ocorre vai de maio até agosto, segundo o Simepar. E o fenômeno deve se repetir ao longo de toda a estação, que termina oficialmente no dia 22 de setembro.
Para Jacobsen, a força das frentes frias é outro fator que influenciou a ocorrência desse período de escassez. “As frentes que passaram eram fracas, causaram muito pouca chuva porque não tinha umidade suficiente. Normalmente uma frente fria causa de 20 a 30 mm de precipitação”.
Vai chover?
De acordo com as previsões, não há chuva no horizonte próximo para Curitiba. O meteorologista afirma que não vai chover até pelo menos o fim de julho. “Até o dia 28 não tem previsão de chuva. Deve chegar uma frente fria no Rio Grande do Sul nesse dia, mas isso é lá”. O tempo fechado pode voltar somente em meados de agosto. Os modelos do Simepar tem precisão para prever o tempo de sete dias, mas a partir disso a confiabilidade diminui, segundo o órgão. “Pelos modelos de simulação, talvez venha a chuva lá por dia 10 de agosto. Mas pode adiar ainda mais se tiver mais uma situação de bloqueio”, concluiu.
Abastecimento
A escassez de chuvas não preocupa a Sanepar. Com os reservatórios marcando 98% da capacidade, o planejamento do órgão é de que Curitiba não corre o risco de enfrentar um racionamento mesmo que a média de precipitação siga baixa durante todo o inverno. P
ara a Sanepar, o período de chuvas no começo do ano ajudou as barragens (Iraí, Piraquara I e II e Passaúna) a chegar à carga máxima, o que ajuda a enfrentar o inverno seco.
Confira os gráficos pluviométricos de Curitiba em 2017
Os gráficos são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), disponíveis no site do órgão.
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