Protesto na Praça 19 de Dezembro| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A noite desta quinta-feira (18) foi marcada por protestos em Curitiba. Convocados pelas redes sociais após a divulgação de que o dono da JBS gravou o presidente Michel Temer (PMDB) dando aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, manifestantes se reuniram nas praças Santos Andrade e 19 de Dezembro, no Centro da capital, pedindo a renúncia do peemedebista e exigindo eleições diretas.

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Inicialmente, o plano era fazer com que esses atos acontecessem em paralelo, mas o frio e a chuva da capital fizeram com que o número de participantes fosse baixo nos dois locais de concentração, o que forçou uma união do grupo. No Facebook, mais de 2,7 mil pessoas confirmaram a participação no protesto, mas havia pouco mais de 300 manifestantes presentes. Eles se encontraram por volta das 19h30 e seguiram em caminhada em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.

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Gritando palavras de ordem contra o presidente Temer, a Polícia Militar (PM) e o governador Beto Richa, o protesto seguiu de maneira bastante pacífica, sem nenhuma confusão. Viaturas e motos da PM acompanharam o grupo ao longo de todo o projeto. A única tensão surgiu já no Centro Cívico, quando parte dos manifestantes quis invadir o Palácio, mesmo com a presença de policiais no local. No entanto, em votação, eles optaram por não realizar a ocupação, decidindo por organizar novos atos ao longo da semana.

De acordo com Evandro Castagna, membro do Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (Mais) e parte integrante do grupo CWB Resiste, a proposta é seguir fazendo pressão contra o governo. “Vamos continuar protestando na sexta-feira e no domingo até que ele saia. É um ato nacional. Vamos pressionar até derrubá-lo”, afirmou.