No Dia Nacional de Imunização nesta quarta-feira (9), Curitiba pode comemorar a alta adesão da população à aplicação da segunda dose da vacina da Covid-19. Ao ponto de a capital não precisar até aqui organizar campanhas de repescagem, como está planejada por prefeituras de outros estados, como em São Paulo. Mesmo assim, a prefeitura decidiu ampliar o monitoramento que para todos tenham a imunização completa.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apenas 3,48% dos curitibanos que receberam a primeira dose não compareceram aos postos de saúde para a segunda dose. De acordo com o dado mais atualizado, de segunda-feira (7), do total de 237.156 pessoas vacinadas com a primeira dose, apenas 8.264 ainda não se imunizaram com a segunda aplicação conforme o intervalo definido para cada laboratório fabricante do imunizante.
De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura, o médico Alcides Oliveira, os motivos para quem já recebeu a primeira aplicação não ir tomar a segunda dose dentro do intervalo estipulado são os mais variados. Vão desde pessoas que contraíram Covid-19 ou outras doenças, pessoas que se mudaram de Curitiba e até mesmo desatenção com a data que consta na carteirinha de vacinação entregue na primeira dose e na plataforma Saúde Já.
Porém, ressalta Oliveira, a grande maioria dos curitianos ao ser contactada e alertada pelas equipes de saúde de que deve tomar a segunda dose se apresenta de imediato aos postos de saúde. "A quantidade de pessoas que realmente se nega a tomar a segunda dose é muito pequena. Ou seja, a gente não tem observado o abandono da imunização, que é o mais importante", enfatiza o diretor do Centro de Epidemiologia.
Apesar do bom índice, Oliveira informa que nos próximos dias a prefeitura vai reforçar o monitoramento da aplicação da segunda dose da vacina da Covid-19. Isso porque com a abertura semana passada da imunização da população em geral por ordem de idade, a possibilidade de mais pessoas não irem tomar segunda dose é maior. "Além do volume maior de pessoas, agora vamos vacinar cada vez mais a população economicamente ativa, que oferece uma nuance maior de hipóteses, como mudança de cidade, viagens a trabalho e outras questões que podem fazer com que não completem a vacinação conforme o intervalo das doses", explica Oliveira. Esse reforço no monitoramento será por ligações telefônicas, bem como por visitas de agentes de saúde na casa de quem tomou a primeira dose.
Paraná
O governo do Paraná, por sua vez, afirma não ter como estimar neste momento o número de pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o sistema de informação que comunica as aplicações ao Ministério da Saúde está passando por adequações para excluir a possibilidade de comunicação duplicada.
Em São Paulo, o governo do estado estima que 359 mil pessoas não foram tomar a segunda dose, sendo quase metade apenas na capital. Só a cidade de São Paulo calcula que 150 mil pessoas não concluíram a imunização. Diante disso, a Secretaria de Saúde do estado vizinho decidiu realizar a campanha Dia D para fazer a repescagem de quem não tomou a segunda dose.
O Ministério da Saúde calcula que em todo o Brasil cerca de 4,4 milhões de pessoas que já poderiam tomar a segunda dose não completaram a imunização.
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