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Pessoas que têm cadeiras de rodas, muletas e outros equipamentos hospitalares podem encontrar quem precisa | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Pessoas que têm cadeiras de rodas, muletas e outros equipamentos hospitalares podem encontrar quem precisa| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Um robô virtual curitibano facilita a vida de quem precisa de muletas, andadores e cadeiras de rodas, mas não tem necessidade ou mesmo recursos para comprar um desses acessórios hospitalares. Desenvolvido pelo advogado Ricardo Stival, o Kadihope conecta pessoas que tenham esses equipamentos disponíveis com quem está precisando deles no momento. E, como toda boa ideia, o projeto nasceu da própria experiência de seu idealizador.

Após um acidente de moto em 2013, Stival precisou arranjar esses itens, mas teve dificuldade de fazer isso a preços acessíveis e rapidamente. Mais do que isso, ele precisou encontrar um novo fim para eles após o uso. “Pelo tempo que eu usaria, não compensaria alugar. Lembro que foi difícil achar esses itens hospitalares, que ficaram encostados em um canto de casa”, relembra. “Pensei em desenvolver um sistema que unisse quem tivesse esses objetos para doar a quem os precisasse, tornando mais rápida e prática essa conexão”.

O projeto ainda está dando os seus primeiros passos, mas já começa a ganhar forma. Em uma página no Facebook, o advogado criou, em parceria com um amigo, um sistema de chat inteligente que armazena as informações de quem oferece esses itens para doar e de quem precisa deles para criar um banco de dados em que seja possível cruzar esses interesses. Contudo, como a página entrou no ar há pouco mais de duas semanas, o Kadihope ainda está buscando somente quem tem itens a doar – e não quem está precisando, por enquanto.

Os pedidos só começarão a ser aceitos, explica Stival, quando houver uma base de dados mais consistente, com um item de cada objeto, por exemplo. Se o sistema identificar que alguém tem a bengala especial ou mesmo uma cadeira de rodas que outra pessoa precisa, fará com que as duas pessoas entrem em contato e elas poderão agendar a melhor forma de entrega do produto.

Advogado Ricardo Stival criou o serviço a partir da própria necessidade Thaís Penteado

“Esse contato é feito apenas entre as pessoas porque não queríamos que elas deixassem os itens para doar conosco e nem que pensassem que ficaríamos com os objetos. Há itens que são bem caros, como cadeiras de rodas especiais, que chegam a custar R$ 8 mil. Então, a doação é feita entre os interessados”, explica Stival.

Ao Kadihope, basta informar qual o tipo de produto que tem em casa e, se for um item especial, descrevê-lo. O sistema pedirá ainda uma foto do objeto e a cidade em que a doação pode ser feita. No caso dos celulares, será possível usar o GPS para facilitar a localização. “A foto é para que a pessoa que está buscando o produto veja se é do tipo que ela precisa. Depois que é feita a conexão entre as pessoas, o robô pergunta às duas: a doação foi concretizada? Se sim, o produto aparece como indisponível aos demais. Se não, ele volta à base de dados”, explica o criador.

É importante lembrar que o aplicativo não recebe a doação de medicamentos que, por lei, não podem ser doados dessa forma. Mas, recebe cadeira de rodas, fraldas geriátricas na embalagem, muletas, entre outros itens hospitalares. 

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