Quem olhar para o céu de Curitiba entre o sábado (12) e o domingo (13) poderá observar uma chuva de meteoros. Mas vai ser preciso um tanto de sorte para ver o fenômeno. Isso porque, além das nuvens, que estarão presentes no céu curitibano na madrugada de domingo, as luzes da cidade atrapalham a visibilidade. Esse vai ser um dentre os muitos fenômenos astronômicos previstos para a cidade em 2017.
Doutor em astronomia pelo Observatório de Paris, Dietmar William Foryta explica que a Terra está passando pela trilha de fragmentos conhecida como Perseidas, deixada pelo cometa Swift-Tuttle. Quando os pedaços do cometa entram na atmosfera terrestre, se incineram, e seu rastro se torna visível. O fenômeno é popularmente conhecido como chuva de meteoros, e neste caso, dura pouco mais de um mês, entre os dias 17 de julho e 24 de agosto.
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O professor, que dá aulas de astronomia na UFPR, conta que as entradas de objetos na atmosfera são diárias, mas que em sua maioria não são percebidos pela população em geral. Segundo o astrônomo, existe a possibilidade de serem visíveis até 15 rastros luminosos por hora nesse período, já que chegamos à área de maior concentração de fragmentos da Perseidas, período conhecido como pico. “São longos períodos, mas tem dias que a chuva fica mais perceptível porque a concentração de objetos é maior. Realmente entramos em um período mais intenso. É como estar na estação de ônibus na hora do rush”, brincou.
A visibilidade do evento, porém, é que pode ser comprometida. Segundo o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar, há previsão de nebulosidade para o dia, o que pode esconder muitos traços da chuva de meteoros. “A frente fria está chegando, então naturalmente a nebulosidade começa a variar. Aqui em Curitiba as nuvens não devem atrapalhar. Já nas regiões do Centro, indo para o Oeste, já teremos céu carregado, possivelmente com chuva”, comentou.
Além das nuvens, a luminosidade também atrapalha. Por ser um centro urbano e com grande concentração de luzes, os efeitos dos rastros luminosos acabam ofuscados, resultado similar ao visto com as estrelas. A iluminação urbana se dispersa e aumenta o brilho do céu, o que ofusca parte do brilho do rastro incandescente do fragmento entrando na atmosfera.
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