O feriado do Dia do Trabalho, em 1.º de maio, pode ter feito muitos curitibanos relaxarem o isolamento social. Dados da empresa Inloco mostram que, no Paraná, o índice de isolamento em 30 de abril foi de 38,5%, o mais baixo até então desde seu pico, no dia 22 de março. Como reflexo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou um acréscimo no número de casos de coronavírus na capital.
Com média diária de aproximadamente 15 casos novos, as últimas quinta e sexta-feira (14 e 15) apresentaram números bem acima da média: 31 e 24 novos contaminados respectivamente. O coronavírus se manifesta, em média, 14 dias após a contaminação, com os sintomas de febre, tosse e dor no corpo.
Na live do boletim do coronavírus na última sexta-feira, a secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, também mostrou preocupação com o afrouxamento no isolamento da população no Dia das Mães, quando muitas pessoas saíram para comprar presentes e que na próxima segunda-feira (24) completa 14 dias.
“As pessoas têm tendência de ir para o comércio, sair. Só saia se você realmente precisar. Não é o momento de fazer churrasco, confraternização, aniversário. O momento é de cada um ficar na sua casa, especialmente os grupos de risco que a gente vem falando”, alertou a secretária. No grupo de risco estão idosos, pessoas com doenças como diabetes e hipertensão, obesidade e pessoas em tratamento médico, entre outros.
De acordo com a SMS, 841 pessoas foram infectadas pelo coronavírus até o boletim mais recente, de sábado (16), com 33 mortes. A boa notícia é que, deste total, 613 pessoas estão recuperadas da infecção.
Perfil de quem contraiu a doença
Em Curitiba, a maioria dos casos de Covid-19 é de pessoas entre 20 e 59 anos. Entre as vítimas fatais, 82% tinham mais de 80 anos e apresentavam pelo menos um fator de risco ou comorbidade.
Mas apesar da maioria das pessoas que morrem em decorrência do coronavírus ser de idosos, Curitiba registrou ultimamente casos que fogem da estatística. Na última quinta-feira (14), um menino de apenas 5 anos morreu em consequência da doença. Ele estava internado no Hospital Pequeno Príncipe desde o dia 22 de abril.
Sexta-feira (15), a Secretaria Municipal da Saúde registrou a primeira morte de uma pessoa abaixo de 60 anos e sem doença crônica. A vítima fatal, um homem de 52 anos, estava internado havia uma semana.