Curitiba está repaginando as lombadas eletrônicas que fiscalizam a velocidade nas principais vias de 20 bairros da cidade. Ao todo, a capital paranaense pretende finalizar a instalação, já em curso, de 75 desses novos equipamentos - mais modernos e com "nova cara" em relação aos já utilizados - até o primeiro semestre de 2023. O novo layout muda conforme o local, podendo ser um pórtico ou um display. Em todos os pontos, a velocidade máxima permitida será de 40 km/h.
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De acordo com a Prefeitura, os novos aparelhos têm maior grau de precisão e manutenção mais fácil do que as versões mais antigas. A atualização de tecnologia ultrapassada é, inclusive, um dos objetivos dessa iniciativa. É o que explica a superintendente Rosangela Battistella, da Superintendência de Trânsito (Setran) de Curitiba, ao citar que 38 dessas novas lombadas eletrônicas serão instaladas no mesmo lugar em que já havia esse tipo de fiscalização. Será executada a troca simples do velho modelo pelo mais moderno.
“Uma portaria do Inmetro especifica que elas [as lombadas eletrônicas usadas até então na cidade] só podem ser usadas até 2023 por estarem obsoletas”, explica. “Então, nos adiantamos, fixamos um aditivo do contrato com a empresa responsável e retiramos as antigas para colocar novas”. A reposição dessas unidades já começou, assim como a implantação do dispositivo eletrônico em 37 novos pontos da cidade.
“Fizemos estudos de acordo com o fluxo de veículos e índices de acidentabilidade. Além disso, avaliamos diversos pedidos da população pelo portal 156, como também demandas encaminhadas pela Câmara de Vereadores", conta a superintendente, sobre a definição dos locais que receberão a fiscalização eletrônica. Em geral, esses equipamentos são aproveitados em regiões com passagem frequente de pedestres.
“Muitos, inclusive, são locais onde os próprios moradores pediam lombadas físicas para aumentar a segurança”, comenta Rosangela, ao citar que nem toda rua comporta uma lombada tradicional, então é mais viável instalar o redutor eletrônico.
A expectativa da Setran é que, até o fim deste ano, cerca de 40 unidades estejam prontas, enquanto as demais ficam para o início de 2023. Além disso, à medida que forem implantadas e homologadas, passada a fase de testes e aferição, as lombadas eletrônicas aparecerão no mapa de trânsito da cidade, que pode ser conferido no site da Superintendência de Trânsito.
As lombadas sumiram por um tempo?
Ao acessar esse mapa, é possível perceber o pequeno número de lombadas na cidade desde 2021. Para alguns curitibanos, a situação representava o “fim da era das lombadas eletrônicas”. No entanto, o motivo é outro: os redutores foram retirados devido ao encerramento do contrato com a antiga prestadora do serviço, Consilux.
Foi necessário, então, abrir novo processo de licitação. Os consórcios que venceram são o Araucárias e o Monitora. Além deles, a empresa Perkons, que já atuava na cidade, segue gerenciando alguns equipamentos.
Ainda segundo a Setran, todos os locais que tiveram redutores retirados foram avaliados pela pasta e, em alguns, uma nova lombada eletrônica foi implantada. Em outros, foi feito reforço na sinalização ou implantado outro dispositivo, como lombada física, radar ou faixa elevada.
Confira a previsão dos pontos que podem ter lombadas eletrônicas até o fim do ano
- Rua Tobias de Macedo Júnior - Santo Inácio - novo ponto
- Rua João Azolin - Santa Felicidade - novo ponto
- Estrada das Olarias - Atuba - novo ponto
- Rua João Gava - Abranches - substituição
- Rua Prodocimo Lago - Taboão - dois novos pontos
- Rua Jorge Bonn - Tingui - novo ponto
- José Valle - Santa Felicidade - substituição
- João Batista Dallarmi - Santo Inácio - novo ponto
- Marechal Deodoro - Alto da XV - novo ponto
- Victor Ferreira do Amaral - Alto da XV - novo ponto
- Paulo Kissula - Capão da Imbuia - substituição em dois pontos
- Percy Feliciano Castilho - Bairro Alto - substituição
- Rua dos Ferroviários - Cajuru - novo ponto
- Rua Ladislau Kula - Santo Inácio - novo ponto
- Rua Gardenio Scorzato - Pilarzinho - novo ponto
- Rua José de Oliveira Franco - Bairro Alto - substituição
- Rua José Casagrande - Vista Alegre - substituição
- Rua Nilo Peçanha - Abranches - substituição
- Rua Campos Sales - Alto da Glória - novo ponto
- Rua Nilo Peçanha - Pilarzinho - novo ponto
- Via Vêneto - Santa Felicidade - substituição
- Rua Professor Nilo Brandão - São Lourenço - substituição
- Av Monteiro Tourinho - Tingui - substituição
- Rua Candido Hartmann - Mercês - substituição
- Av. Erasto Gaertner - Bacacheri - novo ponto
- Rua Theodoro Makiolka - Santa Cândida - novo ponto
- Av. Nossa Senhora da Luz - Bacacheri - novo ponto
- Av. Nossa Senhora da Luz - Bacacheri - substituição
- Rua Theodoro Makiolka – Barreirinha - novo ponto
- Rua Alberico Flores Bueno - Bairro Alto - substituição
- Avenida Cândido Hartmann - Mercês - substituição
- Avenida Fredolin Wolf - Pilarzinho - substituição
- Estrada Mina D'ouro - Santo Inácio - ponto novo
- Ostoja Roguski - Jardim Botânico - substituição
- Roberto Chichon - Cristo Rei - substituição
- Agamenon Magalhães – Cristo Rei - substituição
Além das lombadas eletrônicas (redutores de velocidade), Curitiba conta com a fiscalização por radares em 155 locais (controladores), todos sinalizados e cuja lista está disponível no site do órgão municipal. Segundo a superintendente de trânsito, existem diferenças entre as funções da lombada e do radar eletrônico. “O radar eletrônico é um equipamento de fiscalização que tem por objetivo controlar a velocidade para que os condutores respeitem o limite ao longo do trajeto. Já a lombada objetiva a redução naquele determinado ponto que apresenta maior vulnerabilidade”, esclarece ela.