As fortes chuvas desta terça-feira (6) provocaram alagamentos em ruas, escolas, creches e mais de 100 casas de Curitiba. Até um terminal de ônibus - o do Boqueirão, não escapou da água. O mau tempo também deixou marcas em pontos do asfalto e derrubou árvores na cidade. Entre as regiões atingidas estão o Centro, Rebouças, Água Verde, Vila Izabel, Santa Quitéria Cajuru, Pinheirinho, CIC, Xaxim, Uberaba, Mossunguê e Parolin.
Curitiba registra chuva diária mais volumosa da história da capital
Leia a matéria completaNa manhã desta quarta-feira (7), as secretarias municipais da prefeitura de Curitiba ainda contabilizavam os estragos provocados pelo temporal. Quatro unidades escolares, sendo uma escola e três creches, vão passar o dia fechadas para que os funcionários possam limpar a sujeira causada pelos alagamentos. A situação deixa 823 crianças sem aula.
A medida abrange a Escola Municipal Dario Vellozo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), e os centros municipais de educação infantil (CMEIs) Barigui I, também na CIC, e Curitiba, no Rebouças, e Vila Torres, no Prado Velho. As crianças atendidas no CMEI Barigui I serão atendidas provisoriamente no CMEI Hugo Peretti, que fica a cerca de 200 metros de distância.
Quem precisou do atendimento nestas unidades, no entanto, foi pego de surpresa com a interrupção dos serviços. A psicopedagoga Luciane Manfio, de 36 anos, chegou com a filha por volta das 8h10 na unidade Curitiba e se deparou com os portões fechados. “Ninguém me avisou, não tem nenhuma chamada aqui no meu celular”, relatou a mãe. “Vou ter que deixar a criança com a minha mãe, ver se ela pode ficar”, comentou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, assim que chegavam nas unidades afetadas pelas chuvas, os pais eram orientados sobre o fechamento nesta quarta-feira. Isso ocorreu desta forma, segundo a posta, porque só na noite de terça as escolas puderam confirmar que não seria possível funcionar sem limpeza prévia.
Buracos
Na região central de Curitiba, as marcas da passagem da chuvas ainda estão no chão. O asfalto de pelo menos dois pontos da área ficou danificado, com buracos que apresentam risco para quem trafega por ali.
Um dos trechos danificados está no cruzamento entre a Rua Desembargador Westphalen e a Avenida Visconde de Guarapuava; outro é próximo à esquina entre a Travessa da Lapa com a Visconde de Guarapuava.
Não há sinalização nestes pontos. As secretarias de Trânsito e Obras Públicas foram procuradas pela para saber como o transtorno será resolvido. A reportagem ainda aguarda retorno.
Energia
Durante o ápice da chuva na tarde desta terça, por volta das 16h30, cerca de 4 mil domicílios chegaram a ficar sem luz em Curitiba.Três mil desses domicílios eram da região do Atuba, mas também foram atingidos os bairros Boqueirão e CIC.
De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a situação está completamente normalizada nesta quarta.
Atendimentos
A Defesa Civil de Curitiba informou que não houve chamadas para atendimento durante a madrugada desta quarta-feira. Entre a manhã e a noite desta terça, foram 25 atendimentos realizados por equipes da defesa na cidade. Do total de chamados, 20 foram para alagamentos, três para quedas de árvore e dois para destelhamentos.
Ainda houve um desabamento atendido no Pilarzinho. Um muro cedeu, mas não deixou vítimas.
Apesar dos problemas, Curitiba ainda não está na lista de municípios paranaenses vítimas do mau tempo. Boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 8 horas desta quarta mostra que já chega a 21 o número de cidades afetadas pelas chuvas em todo o Paraná, desde o dia 4 de junho.
As situações ainda deixam 42 pessoas desalojadas, sendo três em Araucária, na região metropolitana, dez em Marilândia do Sul, cinco em Pinhão e 19 em Reserva do Iguaçu. O número de pessoas desabrigadas chega a 65- todas em Reserva do Iguaçu.
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