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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Um delegado da Polícia Federal (PF) se envolveu em confusão com manifestantes a favor do ex-presidente Lula, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, próximo à Superintendência da Polícia Federal. Ele teria derrubado equipamentos de som dos militantes na manhã desta sexta-feira (4).

Segundo a coordenação da “Vigília Lula Livre”, a ação aconteceu por volta das 9h30 durante o “Bom dia, Lula”, momento em que os apoiadores iniciam as atividades do dia. O policial Gastão Schefer Neto teria derrubado as caixas de som. Seguranças voluntários do acampamento tiveram de deter e também impedir que ele fosse agredido pela multidão.

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A PF confirmou que o homem é delegado e que ele mora na região em que o acampamento está organizado. No entanto, afirmou que sua ação não tem relação com a função que desempenha. Nas mídias sociais, Shefer costuma postar mensagens contra o ex-presidente Lula.

A Polícia Militar (PM) iniciou o atendimento à ocorrência e afastou o delegado da multidão. Ele foi encaminhado para dentro do prédio da PF. A Polícia Federal informa que não vai instaurar inquérito contra Shefer, já que, segundo a entidade, a ocorrência não teve relação com a função policial. Para a PF, a ocorrência ocorreu porque o delegado é vizinho da manifestação. Entretanto, a coordenação do acampamento informou que registrará um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, que poderá investigar se Schefer cometeu alguma irregularidade.

Outros casos

Esta não é a primeira confusão envolvendo o entorno da PF, onde estão os manifestantes pró-Lula. Logo na chegada do petista a Curitiba, dia 7 de abril, houve confronto das polícias Militar e Federal com manifestantes, o que ocasionou oito feridos.

No dia 17 de abril, membros da torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba, se envolveram em uma briga com integrantes do acampamento. Na madrugada do dia 28 de abril, o acampamento da vigília pró-Lula, na Rua Padre João Wislinkski, no Santa Cândida, foi atacado a tiros. Duas pessoas foram feridas, e uma precisou ser hospitalizada na UTI do Hospital do Trabalhador, onde recebeu alta no dia 30.

Em nota, a coordenação das manifestações a favor do ex-presidente informou que incidentes de ódio têm sido frequentes contra os espaços ocupados por militantes. “Seguimos cobrando das autoridades proteção e medidas contra provocadores e fascistas”, solicitou.

A reportagem da Gazeta do Povo está tentando localizar o delegado desde o fim da manhã para ouvir o seu lado da história.

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