Depois do binário, Curitiba vai ganhar “trinário”; saiba como vai funcionar

Curitiba terá dois novos viadutos que vão compor um sistema “trinário” no trecho sul da Linha Verde, no bairro do Boqueirão. O anúncio foi feito após uma reunião entre o prefeito Rafael Greca e o governador Beto Richa na última quarta-feira (28). A previsão é que a obra fique pronta em 2020 e deve custar cerca de R$ 116 milhões — sendo R$ 89 milhões vindo do governo estadual para a construção dos viadutos, de uma estação de integração do transporte coletivo e de duas trincheiras,e mais R$ 27 milhões da prefeitura.

Os novos viadutos ficarão nas ruas Anne Frank e Tenente Francisco Ferreira de Souza e formarão um trinário com o viaduto da Avenida Marechal Floriano, possibilitando a ligação entre as regiões do Boqueirão, Rebouças e a Wenceslau Braz. Também serão feitas duas novas trincheiras próximas da Estação São Pedro da Linha Verde, formando um binário de vias em sentidos opostos e ligando as regiões do Xaxim e Capão Raso.

Veja também: Saiba onde estão os mais de 200 radares de trânsito de Curitiba

O viaduto existente da Avenida Marechal Floriano, com 276 metros de extensão, será a via central do sistema “trinário Marechal” e destinado ao sistema de transporte coletivo, aos pedestres e ciclistas.

Sobre o viaduto, será implantada uma nova estação de transporte, permitindo a integração tarifária entre as linhas que utilizam o eixo da Linha Verde e o eixo Boqueirão. A nova estação no viaduto possibilitará a integração de sete linhas de transporte que transportam em média 220 mil passageiros por dia.

Orleans

E a região do Boqueirão não será a única a passar por mudanças. Outra intervenção anunciada para o trânsito de Curitiba será feita no bairro Orleans, com a construção de viadutos para desafogar o trânsito da Avenida Toaldo Túlio, no trecho em que cruza a BR-277, a Rodovia do Café.

Esse sistema funcionará como uma espécie de rotatória, que terá dois viadutos separadas, um para cada sentido de circulação, e fará com que não haja mais sinaleiros nos cruzamentos. Em julho do ano passado, o prefeito Rafael Greca já tinha apresentado uma prévia de como ficaria o trânsito na região, mas o modelo foi atualizado de acordo com o novo projeto — principalmente ao remover as alças de acesso que ligam os viadutos à rodovia.

Os recursos para a obra já foram destinados pelo governo do estado na última segunda-feira (2). O orçamento inicial é de R$ 30 milhões e a estimativa é de que a obra dure 18 meses, até outubro de 2019. Pelo trecho, passam três mil veículos por hora nos horários de picos, já que o viaduto faz ligação entre as regiões de Santa Felicidade e Campo Comprido, na região noroeste de Curitiba.