O motim de detentos segue nesta segunda-feira (2) na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), na CIC. Ao meio-dia, negociadores da Polícia Militar (PM) completaram quase 16 horas de trabalho tentando fazer com que os rebelados se rendam. Quatro agentes penitenciários seguem reféns.
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Segundo a PM, apesar de não haver uma previsão de quando a situação deve acabar, o motim não deve se estender por muito mais tempo, já que as reivindicações feitas estão sendo costuradas. Além da polícia, a negociação é intermediada pelo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB-PR, Alexandre Salomão, e por uma equipe da Corregedoria do Departamento Penitenciário. Pela manhã, foi informado que um juiz corregedor deveria se juntar às autoridades na negociação, uma vez que a principal reivindicação dos rebelados envolve transferência entre presídios.
A primeira informação era de que os rebelados queriam o retorno de quatro presos que estariam sendo ameaçados em outros presídios e melhorias na unidade. No fim da manhã, foi confirmado que a reivindicação recai sobre sete presos, que estão espalhados em unidades em Francisco Beltrão, Ponta Grossa e região metropolitana de Curitiba.
O capitão Márcio Roberto da Silveira, integrante da equipe deslocada para controlar a situação, afirma que a reivindicação de volta dos presos envolve rixa de facção. “Eles seriam presos faccionados, afiliados à Máfia Paranaense, e estariam ameaçados fora desse local. A gente nota também que, com isso, os membros buscam fortalecimento da facção”.
O protesto começou por volta de 18h30 de domingo (1º) na galeria 1, que abriga aproximadamente 170 presos. Ao todo, a CCC tem 600 detentos em três galerias. Cinco agentes foram feitos reféns no fim da tarde de domingo (1.º). Ainda no domingo, um conseguiu fugir e outro foi libertado por questões de saúde. Ninguém está ferido, segundo a PM. O motim ocorre na galeria 1.
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Familiares que estão em frente à CCC nesta segunda-feira também reclamam do tratamento que os detentos têm. Segundo eles, o motim seria a forma de exigir melhorias. “Tem gente com infecção de ouvido e escarrando sangue ali e eles não deixam ninguém da família entregar um paracetamol que seja. Eles só podem tomar remédio com receita, mas nenhum médico vem aqui”, reclama a parente de um detento.
Na versão do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a versão é de que uma tentativa de briga é que foi o estopim da revolta. Um dos grupos tentou chegar a outro grupo rompendo grades, mas foi controlado pela PM que chegou rapidamente ao local. “Era para acontecer mortes, provavelmente umas 12 mortes” afirmou o presidente do Sindarspen, Ricardo Miranda.
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