O inverno no Sul do país costuma apresentar uma variedade de fenômenos que traduz o rigor da estação na região: de neve, em casos mais extremos, passando por chuva congelada até a geada, que é a ocorrência mais comum nos meses mais frios do ano.
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Entre esses fenômenos, há ainda uma série de outros bem peculiares. Para ajudar a compreender melhor como se forma e o que é cada um deles, veja o tira-dúvidas abaixo:
Neve
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), neve é a a precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos formados diretamente pelo congelamento do vapor de água que se encontra suspenso na atmosfera. Tem uma forma bem característica, em geral em forma hexagonal e complexamente ramificados.
Neve granular
Em tese, seria uma versão menor da neve tradicional, uma precipitação na forma de partículas muito pequenas e opacas de gelo. A formação entre a neve e a neve granular é mesma: água que desce das nuvens e encontra temperaturas tão baixas ao cair que vai congelando. A diferença é que a neve granular é formada por "grãos" muito pequenos, com diâmetro geralmente inferior a 1 mm. Pelo tamanho, normalmente são levados pelo vento e, por isso, dão a impressão de chuva.
Chuva congelada
Em muitos casos, o fenômeno antecede a precipitação de neve e por isso é tão fácil confundir as duas coisas. “A chuva congelada é tipo um granizo miúdo, que bate, faz barulho quando cai e salta”, explica Samuel Braun, meteorologista do Simepar. “A chuva congela pode lembrar neve. Ela cai como se fosse um gelinho, só que é um formato diferente. Para definir um ou outro é bem complicado mesmo”, acrescenta. Assim como para a formação de neve, frio extremo, próximo ou abaixo do 0°C, e alta umidade são imprescindíveis.
Chuva congelante
A diferença entre a chuva congelada e a chuva congelante é a forma como a precipitação chega ao solo. Enquanto a chuva congelada chega, normalmente, em estado sólido, a chuva congelante é a chuva que descongela na atmosfera, mas volta a congelar assim que toca o solo. Assim como para a formação de neve, frio extremo, próximo ou abaixo do 0°C e alta umidade são imprescindíveis.
Geada branca
Frio intenso provocado pela entrada de ar polar, ausência de nuvens e baixa umidade do ar são essenciais para a formação de geada - fenômeno que os paranaenses conhecem muito bem. A geada, na verdade, é quando a temperatura no solo cai drasticamente durante noites sem nuvens e fica próximo do 0°C. Isso faz com que as gotas de orvalho congelem. Segundo a Climatempo, o frio da atmosfera mais baixa não necessariamente precisa estar em 0°C, mas quanto menor essa temperatura, maior será a geada.
Geada negra
Temida por agricultores porque congela também a seiva das plantas. Ela se forma quando o vento está muito gelado e o ar bem seco e pode ocorrer qualquer hora do dia. Foi no Paraná a geada negra mais marcante da história do país, em 1975. A ocorrência devastou a economia cafeeira do Norte do estado, principalmente em Londrina.
Sincelo
É um fenômeno típico de dias com nevoeiro, quando a temperatura está entre -2°C e -8°C e resulta no congelamento das gotículas de água ao tocar a superfície, formando cristais de gelo. É mais fino que a geada. No Brasil, a ocorrência do sincelo é incomum, sendo mais observado em Santa Catarina, nos municípios de Urubici, Urupema e São Joaquim.
Névoa
A névoa é formada por um conjunto de gotículas de água microscópicas que permanecem suspensas na atmosfera. Não reduz a visibilidade como o nevoeiro e é diferente do chuvisco.
Nevoeiro
Muito semelhante à névoa, o nevoeiro também é uma massa de minúsculas, porém visíveis, gotículas de água suspensas na atmosfera. A diferença é que elas ficam muito próximas da superfície da Terra, reduzindo a visibilidade horizontal para menos de mil metros. O nevoeiro se forma quando a temperatura e o ponto de condensação do ar ficam iguais.
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