Abrabar solicitou à Secretaria de Segurança Pública que investigue se o lote da tequila não estava contaminado.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

A Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) da Polícia Civil assumiu as investigações do caso de envenenamento em um bar no bairro Boa Vista, em Curitiba. No último sábado (13), três pessoas foram parar no hospital após pedirem doses de tequila em um bar ao lado do terminal do Boa Vista. O trio na verdade consumiu um líquido tóxico que a perícia da polícia tenta descobrir qual é a substância.

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Até a manhã desta segunda-feira (15), uma das três vítimas permanecia internada no Hospital Cajuru. A mulher teve queimaduras na boca e no estômago, mas o quadro é considerado estável. Às 10h30 desta segunda, a DHPP fará uma entrevista coletiva para dar mais detalhes da investigação.

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A mulher e mais um rapaz foram encaminhados em estado grave ao Cajuru depois de procurarem ajuda médica na Unidade de Pronto Atendimento do Boa Vista. O rapaz teve queimaduras na boca, mas foi liberado ainda no domingo. Uma terceira pessoa, uma mulher, também ficou internada, mas apenas em observação.

O trio começou a passar mal logo após provar a bebida. O problema foi relatado ao dono do bar, que também experimentou a dose e cuspiu logo em seguida.

Prioridade

O presidente da regional paranaense da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar), Fábio Aguayo, pediu ao secretário estadual de Segurança Púbica, Wagner Mesquita, prioridade na investigação do caso. O receio é de que a garrafa tenha sido comprada já com o líquido tóxico dentro e que outros bares também tenham produtos do mesmo lote.

“O secretário garantiu que vai dar prioridade até porque se o dono do bar comprou de alguma adega e não deu uma atenção especial à origem, quantos outros produtos como esse podem estar por aí. Antes que aconteça alguma situação de novo, vamos ter que descobrir”, comentou Aguayo.

Para o representante da Abrabar, ao que tudo indica, o dono do bar pode ter sido alvo de uma emboscada, já que o estabelecimento funciona há anos em Curitiba e tem os alvarás em dia. “ A gente confia na idoneidade do dono do bar. Era uma situação que não estava ao alcance dele, se não ele não provaria a bebida como fez. Desconfiamos que pode ter havido uma troca de garrafas ali, mas não uma troca ingênua”. A

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Abrabar pretende intensificar campanha que defende procedência limpa de bebidas compradas por bares e restaurantes de Curitiba. A ideia é distribuir selos que garantem a originalidade dos produtos e dar mais segurança aos consumidores.