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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A primavera normalmente é conhecida como a estação das flores, das temperaturas agradáveis e do sol mais presente, quebrando o frio rigoroso deixado pelo inverno. Em Curitiba, porém, a coisa não é bem assim. Neste ano, a primavera na capital paranaense teve de tudo, menos sol. Dos 52 dias desde o início da estação até agora, apenas 8 foram ensolarados, sem nebulosidade ou chuva.

A primavera começou em 22 de setembro e vai terminar em 21 de dezembro. Até esta segunda-feira (12), conforme o meteorologista Lizandro Oliveira Jacóbsen, do Simepar, houve apenas um período de 4 dias seguidos de sol, entre 20 e 23 de outubro, quando o índice de radiação solar foi mais intenso, e não ocorreram chuvas, o que sugere dias de céu aberto. “Em outros dias, houve bastante nebulosidade ou chuva. Mas não conseguimos cravar exatamente se teve um dia inteiramente ensolarado”, diz Jacóbsen.

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Quando a incidência de radiação solar é mais elevada, e não chove, provavelmente é porque o sol apareceu soberano no céu, conforme explica o meteorologista. Segundo ele, é difícil comparar se essa primavera teve mais dias de sol que a do ano passado, mas com certeza neste ano tem chovido acima da média histórica, tanto em quantidade quando em número de dias de chuva.

Conforme dados do Simepar, o mês mais chuvoso foi outubro, quando a média histórica para Curitiba é de 155 milímetros, mas choveu 257 milímetros. Em setembro, porém, choveu 56 mm, ante 130 mm da média histórica. Já novembro, até ontem (11), choveu 11,8 mm, mas a média para o mês é de 112 mm, sendo que ainda não chegamos na metade do mês.

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A justificativa pela falta de sol, segundo Jacóbsen, é simples: choveu demais, principalmente em outubro. “Os dias de garoa e os dias nublados geralmente ocorrem por causa da umidade que vem do oceano. Quando chove forte é por causa de frente fria ou de correntes de ar quente e úmido. Em outubro teve um pouco de tudo”, diz.

Nesse contexto, o fenômeno El Niño teve pouca influência, afirma o meteorologista. Ele deve interferir mais no verão, trazendo mais chuvas para o hemisfério sul. A próxima estação, por sinal, as chuvas devem ocorrer mais no período da tarde, em decorrência do calor. “Talvez neste ano as temperaturas do verão não alcancem valores tão altos, justamente por causas das chuvas”, afirma Jacóbsen.

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