| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Nesta quarta-feira (4), doze policiais militares irão a julgamento no Tribunal do Júri, em Curitiba. Eles são acusados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de executar a tiros cinco suspeitos que estavam dentro de um veículo Gol furtado, no bairro Alto da Glória, em Curitiba, em 11 de setembro de 2009.

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O julgamento deve durar três dias e o MP informou que espera a condenação dos policiais. “A gente espera que o julgamento seja finalizado em três dias, mas pode se estender até o final de semana. O MP sustenta a condenação deles, tendo em vista que não foi confronto e, sim, uma execução”, relatou o promotor de Justiça Lucas Cavini.

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Já o advogado Claudio Dalledone Júnior, que defende os policiais, alega que todos têm um bom histórico dentro da PM e que também corriam risco naquela noite. “Todos os policiais são respeitados e reconhecidamente homens exemplares dentro da corporação. Serão julgados pela morte de cinco marginais que aterrorizavam Curitiba cometendo assaltos, cometendo homicídios e que, naquela noite, acreditavam que poderiam também receber a polícia a bala”, explicou.

O caso

Segundo informações prévias, que surgiram na época, uma equipe 20.º Batalhão da PM confirmou que um Gol, em que cinco rapazes estavam, era fruto de roubo e tentaram realizar uma abordagem. Ao perceber a aproximação da viatura, o motorista iniciou uma fuga por ruas do bairro.

Os policiais alegam que eles foram recebidos com disparos pelos ocupantes do veículo. Depois de furar uma barreira policial, o automóvel colidiu na Rua Nicolau Maeder e uma nova troca de tiros começou. No carro havia cinco pessoas que morreram logo depois de serem encaminhados ao Hospital Cajuru. Cinco revólveres calibre 38, com numeração raspada, foram apreendidos com o grupo.