Equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam dois homens suspeitos de matar o motorista de aplicativo de corrida Valmir Nichel, de 59 anos, no dia 12 de maio. O homem de 29 anos foi preso no último sábado (26), quando estava em sua residência, e o seu comparsa, de 22 anos, foi localizado na madrugada de quinta-feira (31), também em sua casa, quando foi efetuada a prisão. As duas prisões foram efetuadas em Curitiba, no bairro Alto Boqueirão, e a dupla foi apresentada à imprensa na manhã desta sexta-feira (1).
Eles foram ouvidos na delegacia e confessaram o crime, alegando que estavam sob o efeito de entorpecentes no momento da ação. “Eles disseram que saíram para assaltar qualquer um que trabalhasse com motorista de Uber ou táxi. Assim, o motorista que estivesse passando seria morto por esses jovens, que confessaram a ação com riqueza de detalhes”, disse o delegado da DHPP, Fábio Amaro.
Ainda segundo o delegado, a vítima suplicou para não ser morta no momento em que era jogada de cima da ponte do Rio Iguaçu, na divisa entre os municípios de Curitiba e São José dos Pinhais. Na mesma noite, os bandidos assaltaram outros dois motoristas – um taxista e outro motorista de aplicativo – e um deles foi jogado da mesma ponte, mas sobreviveu. Ele também prestou depoimento à polícia.
A dupla foi autuada pelo crime de latrocínio, um consumado e outro tentado, e aguarda a decisão da Justiça. Se condenados, poderão pegar penas superiores a 30 anos de prisão. As diligências contaram com apoio do Setor de Inteligência da Delegacia de Furtos e Roubos da capital.
Entenda o caso
O corpo do motorista foi encontrado no início da noite do dia 13 de maio no leito do Rio Iguaçu, perto de uma ponte na Rua da Balsa, bairro Cachoeira, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo a polícia, os familiares registraram um boletim de ocorrência relatando que Nichel havia desaparecido no dia anterior e publicado a informação do desaparecimento nas redes sociais horas antes do carro da vítima ser encontrado.
O veículo que o motorista utilizava para trabalhar foi encontrado completamente queimado na Rua Expedicionário Francisco Pereira dos Santos, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. No depoimento à polícia, os suspeitos alegaram que atearam fogo no veículo para não deixar impressões digitais.
Vizinhos emprestaram o celular aos suspeitos
O que levou a DHPP a encontrar os suspeitos foi o celular utilizado para solicitar a corrida. Segundo o delegado, a equipe de investigação conseguiu a quebra do sigilo telefônico do responsável pela realização dessa chamada. Com isso, a DHPP descobriu o nome da pessoa que solicitou a corrida.
A corrida foi solicitada através do telefone de um casal de vizinhos da dupla suspeita de matar o motorista da Uber. Na noite do crime, esse casal acabou emprestando o celular à dupla para que ela solicitasse a corrida. O casal, porém, não sabia da intenção da dupla e não teve nenhuma participação no crime, afirmou o delegado.
Mas, até que a polícia descobrisse toda a verdade, o casal acabou ficando cinco dias presos. Eles já foram soltos. “Nós prendemos esse casal, que alegou ter atendido de boa fé o pedido do vizinho que morava na frente da casa”, afirmou o delegado da DHPP, Fábio Amaro.
Diante da situação, o delegado orienta todos os usuários de aplicativos a nunca compartilharem seu usuário pessoal. “Isso é algo particular. Então, você não deve solicitar corridas para ninguém, sequer para conhecidos.”
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