Não foi apenas a chuva que colaborou para que o racionamento de água ficasse mais flexível em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) desde segunda-feira (15). A economia no consumo de água por parte da população, com uso racional, também foi fundamental para que o reduzisse de 36 horas com água e 36 horas sem abastecimento para 60 horas com água e 36 horas sem fornecimento, conforme a tabela dos bairros.
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Por isso, a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) reforça a importância de a população manter a meta de economia individual de 20% no consumo de água mesmo com a flexibilização do rodízio. "É fundamental a compreensão da população em relação ao cenário da crise hídrica e o envolvimento no uso econômico da água", ressalta a Sanepar em nota, referindo-se à pior estiagem da história, que assola o Paraná desde o fim de 2019, em especial a Região Leste do estado.
Na manhã desta terça-feira (16), o nível de armazenamento de água nas quatro barragens do sistema é de 68,78%. É a melhor marca em um ano. Em novembro de 2020, os reservatórios ficaram perto do colapso, quando o nível despencou para o pior nível, apenas 26%.
As chuvas de outubro foram essenciais para elevação das represas e a flexibilização do rodízio. Mas não só. "A economia de água é um dos fatores que mais contribuem para a elevação do nível das barragens", explica a Sanepar.
Desde agosto de 2020, quando o programa Meta 20% foi lançado, a média de redução individual no consumo de água em Curitiba e RMC está abaixo do estipulado, em 16,6%. Mas vem aumentando nos últimos meses. De julho a setembro, a média de economia ficou bem perto da meta, em pouco acima de 19%. Em outubro, justamente no mês em que a chuva colaborou, a meta foi alcançada: 20,8% de economia por consumidor.
A Sanepar enfatiza que para o rodízio não retornar ao modelo mais severo a população deve manter a meta de redução de 20% no consumo individual de água. A economia junto com as chuvas de verão poderão elevar o nível do sistema a 80% até março de 2022, índice com o qual a Sanepar pode eliminar de vez o racionamento.
Porém, há uma ressalva. Se a previsão meteorológica indica aumento de chuva de janeiro a março, esse é exatamente o período em que aumenta o consumo de água por causa do calor. Portanto, enfatiza a Sanepar, a população deve manter o consumo consciente, evitando ações como lavar calçadas e carros, entre outras.
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