A Polícia Militar (PM) cumpre nesta terça-feira (12) 96 mandados judiciais relacionados ao tráfico de drogas em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Entre os 14 detidos até as 11h, seis são policiais militares suspeitos de envolvimento com o tráfico e outros desvios de função. As diligências, que começaram às 6h, continuam ao longo desta terça. São 380 PMs nas operações, com 120 viaturas.
A ação policial engloba duas operações, a Visconde do Rio Branco e Spectrus, coordenadas pelo 22º Batalhão da PM. Entretanto, como há participação de policiais nos crimes, a Corregedoria-Geral da PM e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além do Ministério Público da comarca de Colombo e da Delegacia de Combate a Corrupção do Governo do Estado (DCCO), da Polícia Civil, também participam das operações. A Vara de Auditoria Militar da Justiça também acompanha as ações.
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Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Das 14 prisões efetuadas até as 11h, 11 foram em flagrante. Também foram apreendidas nove armas de fogo, sendo duas de cano longo, aproximadamente 4 kg de drogas e cerca de R$ 48 mil. O principal foco das duas operações é o bairro Guarani, em Colombo, uma das principais fontes de drogas da região metropolitana, que movimentava cerca de R$ 7,5 milhões por ano. Também são cumpridos mandados em Curitiba e São José dos Pinhais.
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Com as duas operações desta terça, a PM acredita impactar na venda de drogas em Colombo.“Devido à proximidade com Curitiba, muitos usuários da capital se deslocam para Colombo para comprar drogas. O tráfico também é responsável pelas ocorrências de outros crimes na região como roubos e furtos, cometidos por viciados que buscam a aquisição de drogas”, afirma o comandante do 22º Batalhão da PM, tenente-coronel Sergio Augusto Ramos.
Para efetuas os mandados, foram convocados policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o grupo de elite da PM. O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) participou das operações tanto com o helicóptero Falcão 03, bem como um drone - ambos ajudaram na localização dos suspeitos.
Os pontos onde os mandados estão sendo cumpridos foram detectados pela P2, o serviço reservado de inteligência da Polícia Militar. A investigação durou um ano.
Envolvimento de policiais
Segundo o tenente-coronel Luiz Marcelo Maziero Jakiemiv, integrante da corregedoria da PM, ao longo da apuração contatou-se a participação de policiais militares no tráfico de drogas. Os seis PMs detidos também participavam de venda de armas e extorsão. Os policiais foram presos por volta das 10h e a maioria deles - a PM não especifica quantos - já estava afastado do policiamento na rua, cumprindo procedimentos administrativos nos quartéis.
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