| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O empresário Athayde de Oliveira Neto foi condenado a 14 anos, quatro meses e 24 dias de prisão pelo crime de homicídio com dolo eventual com motivação torpe. Responsável pela organização de um show de rock em Curitiba, no Jockey Club, que resultou na morte de três adolescentes em 2003, ele vai cumprir a pena em regime fechado conforme decisão proferida nesta quarta-feira (31) após dois dias de julgamento.

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Iniciado na última terça-feira (30), o júri se arrastou ao longo da última década após várias tentativas frustradas de dar início à apuração do caso. Em 2014, o julgamento foi adiado a pedido de Dalledone, que alegou não ter encontrado duas testemunhas consideradas fundamentais.

Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), responsável pela denúncia, o empresário vendeu mais ingressos do que o lugar era capaz de suportar, ignorando normas de segurança em prol do lucro. Com o atraso na abertura dos portões, o início do show foi marcado por um tumulto generalizado, o que resultou na morte dos jovens. Além disso, outras 50 pessoas foram pisoteadas na confusão.

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O julgamento aconteceu na 2.ª Vara Privativa do Tribunal do Júri (TJ-PR), no Centro Cívico de Curitiba, 14 anos após o ocorrido. Athayde Neto era um dos sócios da promotora de eventos responsável pela organização do festival “Unidos Pela Paz”, que reunia as bandas Raimundos, Natiruts, Tihuana e Charlie Brown Jr. De acordo com o MP-PR, o evento foi realizado sem alvará dos bombeiros e da prefeitura. O órgão também alega que a organização teria cometido falhas de segurança.

Defesa recorreu da decisão; MP considerou que resultado positivo

O advogado de defesa, Cláudio Dalledone, afirmou que já recorreu da decisão. “Faremos um recurso substancioso de apelação, a decisão foi manifestamente contrária à prova dos altos”. Athayde Neto vai aguardar um novo parecer em liberdade.

Já a assessoria de imprensa do MP-PR informou que o resultado do julgamento atendeu às expectativas do órgão, já que todos os pedidos foram considerados – inclusive a qualificadora por motivo torpe.