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Edison Brittes Júnior, de 38 anos, confessou ter matado o ex-jogador do Coritiba Daniel Corrêa Freitas | /Reprodução
Edison Brittes Júnior, de 38 anos, confessou ter matado o ex-jogador do Coritiba Daniel Corrêa Freitas| Foto: /Reprodução

O empresário Edison Brittes Júnior, 38 anos, mantém a versão de que o jogador de futebol Daniel, com passagem apagada pelo Coritiba em 2017, teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes, 35 anos, antes de ser assassinado brutalmente no dia 27 de outubro. O assassino confesso manteve o argumento em depoimento quarta-feira (8) na Delegacia de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, mesmo com a investigação apontando o contrário. Tanto Brites quanto a esposa e a filha, Allana Brittes, 18 anos, seguem presos. O depoimento foi o primeiro prestado por Edison e durou seis horas.

Cristiana foi ouvida pela polícia segunda-feira (5) e também sustentou que Daniel teria tentado violentá-la. Antes de morrer, Daniel chegou a enviar fotos pelo Whatsapp a um amigo deitado na cama ao lado de Cristiana, que estava dormindo. Entretanto, três testemunhas que estavam na festa na casa da família no dia do crime levaram a polícia a discordar da versão da tentativa de estupro.

Os três disseram não ter ouvido gritos de socorro por parte de Cristiana, versão sustentada pela família Brittes. Além disso, segundo o delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan, o jogador estaria muito bêbado quando começou a ser espancado. “Ele estava muito aquém de conseguir realizar algum estupro. Para nós, o Daniel simplesmente estava na cama”, afirmou terça-feira (6) o delegado.

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Por outro lado, o advogado da família, Claudio Dalledone, disse que “ficou claro” que houve um pedido de ajuda de Cristiana. “Esse pedido de socorro ele ouviu porque ele chegou mais próximo do quarto”, contestou o advogado.

Apesar de reafirmar a versão do estupro, durante o depoimento o comerciante voltou atrás na história de que teria arrombado a porta do quarto para salvar a esposa. Conforme Dalledone, Brittes disse que a porta teria sido arrombada por um dos três outros jovens envolvidos no crime. Um deles, um primo de Cristina, foi preso quarta-feira em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Os outros dois também já tiveram a prisão decretada, mas ainda não estão detidos.

Depoimento

O interrogatório de Brittes era bastante aguardado. Havia expectativa de que o empresário detalhasse o homicídio, explicando como Daniel efetivamente morreu. Mas, segundo a defesa, isso não ocorreu .“O interrogatório é uma peça de defesa. Depois da criminalística, dos exames de necropsia, do exame de local do crime, do exame feito na casa, onde havia manchas e respingos de sangue, ele falará sobre o que foi apurado”, falou Dalledone.

O advogado afirmou ainda que Brittes negou ter coagido testemunhas antes de retirar Daniel, já muito machucado, da casa. Em declarações anteriores, o delegado disse que testemunhas foram coagidas tanto durante a festa como depois. Um dos amigos de Daniel e que estava com ele na casa da família Brittes foi chamado pela família para uma conversa privada em um shopping um dia depois do crime.

No encontro, tanto o empresário como Cristiana e Allana pediram ao jovem para que mantivesse uma versão inventada sobre o que ocorreu na casa da família Brittes.

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