Empreendedores e empresas curitibanas pedem mais crédito para facilitar o processo de retomada nos negócios, passados dez meses do início da pandemia da Covid-19. Os principais impactos desta crise nos negócios foram a redução nas vendas, a falta de recursos financeiros, a diminuição – e até mesmo, a suspensão das atividades – e o aumento nos custos de matéria-prima e insumos.
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Pesquisa feita pelo Agência Curitiba de Desenvolvimento e pelo Sebrae/PR mostra que quase 80% dos 525 empreendimentos curitibanos ouvidos tiveram queda no faturamento durante a primeira fase da pandemia.
Mas eles apontam uma alternativa. A solução para esses problemas, indicam, passa pela concessão de mais linhas de crédito e empréstimos com juros mais baixos, a melhora da economia e a volta das atividades.
A procura por crédito é maior com instituições financeiras públicas, como o Fomento e a Caixa, e instituições particulares. E mais da metade dos pesquisados disse que vai precisar até R$ 100 mil em crédito.
Empresas e empreendedores esperam uma atuação incisiva do setor público por meio da redução de impostos e taxas e por auxiliar e facilitar a liberação de crédito. O que facilita a vida dos empresários, segundo Paulo Nauiack, vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), foram os ajustes fiscais realizados pelo estado e pelo município.
Caminho da retomada
Os empreendedores também já desenham o caminho da retomada, que pode ser facilitada pelo incremento na vacinação contra a Covid-19. “O copo está meio cheio”, diz o dirigente empresarial. Ela passa pela contratação de consultorias, realização de cursos e encontros de negócios e o desenvolvimento de grupos de estudo.
O otimismo, entretanto, é cauteloso. Ludovico Szygalski Jr, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) lembra que, recentemente, a confiança do consumidor começou a cair. “Ainda há muitas incertezas, como as relacionadas ao auxílio emergencial e à adoção de novas medidas restritivas”
Transformação digital
Outro fator positivo para os empreendedores foi que a pandemia acelerou o processo de transformação digital dos negócios, diz o vice-presidente de articulação política da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Paraná (Assespro-PR), Adriano Krzyuy. “E 2021 traz muitas oportunidades para o setor.”
Durante o auge da crise, 28% das empresas de prestação de serviços em tecnologia tiveram crescimento em seu faturamento. São, predominantemente empresas de micro e pequeno porte, de alcance nacional e internacional e que têm até cinco anos de operação. Elas adotaram o home-office e praticamente não promoveram desligamentos.
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