As empresas de ônibus de Curitiba e região metropolitana querem integrar os botões de pânico instalados nos ônibus e nas estações-tubo aos centros de controle da Guarda Municipal e da Polícia Militar. A proposta é a alternativa defendida pelas companhias para tentar frear os casos diários de violência que se espalharam pelo sistema de transporte público da região.
Em nota divulgada pelo sindicato que as representa, o Setransp, as empresas justificam que a integração dos botões de pânico pode ser mais eficaz que o uso de câmeras – que passou a ser a principal exigência do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc). “Temos câmeras nas estações-tubo e nem por isso o vandalismo deixou de acontecer”, disse, na nota, o diretor executivo das empresas, Luiz Alberto Lenz César. Atualmente, o botão pânico utilizado em ônibus e estações-tubo alerta somente o Centro de Controle de Operações e as empresas responsáveis pelas linhas.
Leia também: “Sempre espero o pior”, revela cobrador de ônibus que foi assaltado 76 vezes
Ainda conforme o Setransp, as empresas protocolaram nesta quarta-feira (6) um pedido de reunião com a Guarda Municipal e com a PM e aguardam resposta das corporações para tratar do tema. De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social, a proposta será analisada e discutida de forma mais detalhada no encontro agendado para a semana que vem. Já a Polícia Militar informou que ainda não recebeu nenhum documento da Setransp sobre o assunto .
Na nota, o sindicato reforça que as operadoras “estão bastante preocupadas com a falta de segurança no transporte coletivo e tomando as medidas que lhes cabem nesse processo”.
O aumento da violência no transporte público resultou em um cronograma de paralisações que está sendo cumprido por motoristas e cobradores desde a última terça-feira (5). No entanto, no mesmo dia em que a categoria se mobilizou contra o crescente número de ocorrências, uma passageira foi ameaçada com cacos de vidro dentro de um ônibus da linha Circular Sul. Horas antes, um motorista havia sido esfaqueado depois de pedir para um homem abaixar o volume da música que ouvia no celular.