O número de vítimas fatais em acidentes nas rodovias federais que cortam o Paraná no primeiro semestre de 2018 caiu 32% em relação ao mesmo período de 2017. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 228 mortes registradas nos primeiros seis meses de 2018 contra 335 no mesmo período de 2017.
Segundo o levantamento da PRF, as causas mais comuns de mortes nas estradas são as colisões frontais ou mesmo atropelamentos. Juntos, esses dois tipos de ocorrência somam mais da metade de todas as mortes registradas por policiais rodoviários nas BRs paranaenses.
Veja mais: Transporte coletivo de Curitiba registra dois arrastões de ônibus nesta terça
Em compensação, a própria PRF destaca uma redução no número total de acidentes nesta primeira metade de 2018. Foram quase 1,3 mil acidentes a menos entre janeiro e junho deste ano em comparação ao primeiro semestre de 2017 — o que representa uma queda de 24,4%. No ano passado, foram 5.415 acidentes atendidos contra apenas 4.092 neste ano. Além disso, o total de feridos também diminui cerca de 15,3%.
Para a polícia, existem várias razões que ajudam a explicar essas reduções. Entre eles está o trabalho de fiscalização, combatendo condutas que tendem a provocar acidentes graves, como embriaguez e o excesso de velocidade. Para a PRF, além disso, as mudanças recentes do Código de Trânsito também são elementos que ajudam nesse combate à imprudência, como as punições mais pesadas para determinados tipos de infração.
Perfil dos acidentes
Os dados também apontam que as cinco principais causas presumíveis dos acidentes que resultaram em mortes neste primeiro semestre seguiram uma ordem: falta de atenção do condutor (25% dos óbitos), falta de atenção do pedestre (20,2%), velocidade incompatível (16,7%), desobediência às normas de trânsito (14%) e ingestão de bebidas alcoólicas (4,8%).
Ainda segundo a PRF, os homens são as principais vítimas dos acidentes nas rodovias, totalizando 82,6% dos casos — ou seja, oito a cada dez mortos são do sexo masculino. E a maioria delas (42%) tem entre 21 e 40 anos de idade. Já as crianças com menos de 11 anos somam 1,8% das mortes no trânsito.
Um dado que chama a atenção é o perfil das vítimas fatais. Um quarto desses mortos eram pedestres, o que escancara os riscos de tentar atravessar a BR fora de passarelas e pontos dedicados para esse tipo de travessia. Da mesma forma, 8,3% dos óbitos estavam em bicicletas e 14,5% em motos.
Além dos registros de acidentes, os números divulgados mostram que as equipes da PRF flagraram 1.820 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas, 11.211 manobras irregulares de ultrapassagem e 115.648 veículos acima da velocidade máxima permitida. Todos esses registros ocorreram no primeiro semestre deste ano.
Deixe sua opinião