Um dos principais cartões postais de Curitiba, a estufa do Jardim Botânico será revitalizada. Terça-feira (9), os operários começaram a instalar tapumes em torno da estrutura, cuja obra deve durar três meses, período o qual os turistas não terão acesso à estufa. Todas as outras áreas do parque seguem liberadas para visitação - por ano, o parque recebe 1,8 milhão de visitantes. A obra custará R$ 960 mil.
Imagens: Estufa do Jardim Botânico entra em período de reformas
Em outubro de 2018, quando o Jardim Botânico completou 27 anos, reportagem da Gazeta do Povo mostrou os problemas da estufa, inaugurada em 1991 na última gestão de Jaime Lerner como prefeito de Curitiba. Além de diversos pontos de ferrugem, a estrutura apresentava pintura descascada do lado de dentro e fora, vidros trincados, borrachas de vedação danificadas e muita sujeira acumulada nas vidraças, das quais mal dava para ver as plantas no interior da estufa.
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A primeira etapa da reforma será a transferência das plantas, originárias da Mata Atlântica. Elas serão acondicionadas em uma estufa de pesquisa, nos fundos do parque, fora da área de visitação. Em dezembro de 2018, outra reportagem da Gazeta mostrava a frustração dos turistas que entravam na estufa e encontravam plantas mofadas, amareladas e empoeiradas.
Após a reforma, novas plantas serão incorporadas ao acervo da estufa. “As equipes estão trabalhando na produção de novas mudas para compor a estufa depois de recuperada”, conta o diretor de Produção Vegetal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, José Roberto Roloff.
Dentro da obra na estufa do Jardim Botânico, haverá recuperação das esquadrias, das estruturas metálicas, do piso do mezanino, das vedações, além das escadas e calhas. Os vidros também serão trocados e haverá ainda implantação de novos corrimões, limpeza interna e externa e pintura nova em toda a estrutura.
Os fundos da estufa, abandonado desde 2010, quando o artista plástico Frans Krajcberg recolheu as 110 obras do espaço que levava seu nome após uma briga judicial, também será revitalizada. Nascido na Polônia e radicado no Brasil, Krajcberg era reconhecido internacionalmente por suas obras de cunho ambiental, em que denunciava a devastação das matas. Ele morreu em setembro de 2017, aos 96 anos, reclamando do tratamento dado pela prefeitura de Curitiba ao seu acervo, o qual, segundo ele, não acondicionou as esculturas de madeira de forma adequada.
Na área do antigo Espaço Cultural Frans Krajcberg , onde hoje o mato se espalha, será instalado um setor chamado Espaço Cultural com novas coleções e atividades relacionadas à botânica.
Canteiros
Dentro do cronograma anual de troca de flores, os canteiros do Jardim Botânico estão recebendo novas mudas. Com a retirada da decoração do Natal, as áreas centrais do Jardim Francês vão receber 12 mil mudas celosias e tagetes em substituição aos desenhos de pinheiros natalinos.