Para o Corpo de Bombeiros, os síndicos deveriam proibir os trabalhos de impermeabilização de sofás dentro dos apartamentos. A recomendação é feita pelo major Eduardo Pinheiro, subcomandante da corporação em Curitiba, após a explosão de um apartamento no bairro Água Verde, na manhã do último sábado (29), durante um serviço do tipo. Um menino de 11 anos morreu e outras três pessoas ficaram gravemente feridas com o acidente.
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A explosão teria acontecido justamente porque o tipo de impermeabilização realizado usava um componente altamente inflamável. A fonte de ignição que teria iniciado o incêndio e, consequentemente, a explosão ainda está sendo investigada pela Polícia Civil através da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam).
“Eu diria que o síndico deve proibir atualmente porque está comprovado o risco", afirmou o major em entrevista ao jornal Boa Noite Paraná, da RPC. "Não podemos esperar que aconteça um próximo para que alguém tome uma medida, que pode ser feita agora". Segundo ele, o foco tem que sera preservação da vida dos moradores.
Apesar da ideia de que bastar abrir as janelas do imóvel para diminuir os riscos durante o procedimento, Pinheiro garante que não há uma maneira totalmente segura de fazer esse tipo de impermeabilização dentro de residências. “Não há níveis seguros e isto fica comprovado, não somente com os casos que já aconteceram no Paraná, mas em outros lugares do Brasil. Aquela recomendação de ventilar o ambiente, deixar a janela, não é o suficiente para evitar que aconteça uma tragédia”, destaca.
A preocupação em prédios se torna maior porque o risco de um acidente pode atingir mais pessoas do que quem vive no imóvel. “Quando nós falamos de condomínios, a nossa atitude se reflete sobre a coletividade. É preciso uma preocupação muito maior do síndico, inclusive de proibir que se faça esse tipo de atividade com líquidos inflamáveis”, ressalta o major.
Já em em entrevista ao Meio Dia Paraná, também da RPC, a advogada do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), reforça que os síndicos devem estar atentos a essa situação. “O condomínio pode exigir quais equipamentos serão apresentados. Como se trata de produto químico, teria que ficar até atento, cobrar uma autorização de algum órgão responsável”, indica.
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