Em uma reunião na noite de segunda-feira (3), o diretório municipal do PSD decidiu pela suspensão preventiva das atividades partidárias da vereadora Fabiane Rosa, até que sejam julgadas duas denúncias que podem levar à sua expulsão da legenda. A parlamentar está presa desde o dia 27 de julho na Penitenciária Feminina de Piraquara, na região metropolitana, acusada de prática de “rachadinha”, esquema em que um agente público retém parte dos salários de seus funcionários comissionados.
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Uma das representações foi protocolada pelo filiado Éder Borges ainda antes da prisão de Fabiane, com denúncia de infidelidade partidária e nepotismo. Segundo a denúncia, a vereadora teria indicado o marido para cargo na prefeitura em troca de votos favoráveis a projetos do prefeito Rafael Greca (DEM). Outra representação, feita por Elaine Esmanhotto, menciona infidelidade partidária e a prisão de Fabiane por suspeita de “rachadinha”.
Recebidas pelo partido, as denúncias serão encaminhadas à defesa da vereadora, que terá três dias para se manifestar. Encerrado o prazo, o partido deve decidir se cabem contra a vereadora medidas disciplinares, que podem ir de advertência à expulsão da sigla, de acordo com o estatuto do PSD. Membro da executiva municipal, Éder Colaço, ex-secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, foi escolhido como relator do caso dentro da legenda.
Ativista dos direitos dos animais e em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Curitiba, Fabiane foi eleita, em 2016, pelo então Partido Social Democrata Cristão (PSDC), atual Democracia Cristã (DC). Ela migrou para o PSD em abril de 2020, na chamada “janela partidária” – período que permite a troca de legenda sem que se configure infidelidade ao partido pelo qual se foi eleito.
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