Dores Walburga Saboto, ou apenas “dona Dóris”, foi uma daquelas pessoas que podemos afirmar, sem dúvida alguma, que fizeram valer a sua passagem aqui na Terra. Gaúcha de Cerro Largo, chegou ainda adolescente ao Paraná. Morou em Toledo e Marechal Cândido Rondon, no Oeste do estado. Depois, já na década de 1970, mudou-se com o marido, Oswaldo, para Foz do Iguaçu, na mesma região.
O alemão fluente, que aprendeu no convívio familiar, foi fundamental para exercer uma das primeiras ocupações que teve na fronteira: procuradora dos Roth, uma tradicional família de origem germânica e que era proprietária de alguns imóveis na cidade. “Ela entendia bem o que eles falavam e ajudava nas intermediações dos negócios”, lembra-se o marido. Mas essa foi apenas uma das inúmeras atividades de Dores, que não costumava se acomodar.
No extinto Jornal Nosso Tempo, de Foz, começou como zeladora e logo estava comercializando espaços publicitários. Por influência da equipe entrou para a política e por pouco não se elegeu vereadora, em 1988, pelo PDT. “A legenda não atingiu o número de votos suficientes”, conta Oswaldo.
A vontade de ajudar o próximo era característica marcante de Dores. Certa vez improvisou no próprio quintal de casa uma creche. Cuidava das crianças da vizinhança enquanto as mães saíam para trabalhar. Cobrava um valor simbólico, apenas para poder comprar materiais para as próprias crianças. Chegou a cuidar até de dez crianças. “Ela tinha muita paciência e todos confiavam muito nela”. Numa dessas provas de amor, ela cuidou de Uly Jean, ainda bebê, enquanto o casal responsável pela adoção não chegava à cidade. “Ela já havia dito que se passasse de um ano lá em casa, iria adotá-lo”. E esse foi o desfecho da história. Os futuros pais da criança sofreram um acidente e Dores e Oswaldo fizeram o pedido da guarda, que foi conseguida oficialmente cinco anos mais tarde.
Dores também foi comerciante. Abriu uma lanchonete no antigo terminal de ônibus da Ponte da Amizade. Ela tocava o negócio com a ajuda da filha, Vânia, que a acompanhava diariamente ainda de madrugada. Também chegou a vender pães, doces e cucas em casa.
Serviço
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Na década de 1980, com a ajuda dos Alcoólicos Anônimos, ela o marido venceram a dependência do álcool. Mais do que isso, o casal ajudou outros a superarem o mesmo problema. A edícula dos fundos da casa virou moradia de muitos deles. Dores foi uma das coordenadoras do grupo e com o próprio dinheiro ajudou a custear a internação de alguns integrantes.
Outro dom dela era ensinar. Foi catequista e nos últimos cinco anos ajudou a alfabetizar idosos no Colégio Municipal Júlio Pasa. Com muita perseverança, havia concluído os estudos em 2010. Também fez curso técnico em guia de turismo e deu aulas de alemão para duas moças de Foz, gratuitamente. Uma delas, inclusive, hoje vive no país germânico.
Entre 2004 e 2006, trabalhou na antiga Casa Ofício, onde eram oferecidos cursos no contraturno escolar. Ela cozinhava e limpava. Dores ainda morou com a família no antigo Servim, uma entidade criada para a recuperação de jovens dependentes químicos. A última ocupação foi como agente comunitária de saúde.
Na vizinhança era conhecida por ser um “anjo da guarda”. Orientava a tirar documentos ou até mesmo a dar entrada na sonhada aposentadoria. Nos bazares, costumava comprar muitas peças de roupa, mas a grande maioria costumava doar para outras famílias.
A reforma da casa – aquela mesma que serviu como creche – era um dos grandes sonhos de Dores. Chegou a escrever uma carta de próprio punho para a produção do programa “Caldeirão do Hulk”. O quadro “Lar Doce Lar” era uma esperança para a mudança. Não conseguiu realizar o sonho.
Nas horas vagas e até em seus últimos momentos, o carteado com as amigas era um de seus programas preferidos. A gaúcha tinha a saúde debilitada em decorrência de problemas de diabetes e hipertensão há dez anos. E foi um dia após uma das sessões de carteado que passou mal e teve parada respiratória. Deixa o marido, três filhos, cinco netos, uma bisneta e cinco irmãos.
Dia 8 de maio, aos 67 anos, de parada respiratória, em Foz do Iguaçu.
Lista de falecimentos - 03/06/2015
Anatalia de Jesus, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Juvêncio Nunes da Silveira e Carolina de Jesus. Sepultamento ontem.
Antenor Bento Paulico, 87 anos. Profissão: empresário. Filiação: Martins Paulico e Pedrina Paulina. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde.
Antônio Sebastião Chimim, 71 anos. Profissão: motorista. Filiação: Natalio Chimim e Laurita Barbosa Chimim. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I.
Armando Cavalheiro, 81 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Benta Cavalheiro. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão.
Augusto Gonçalves, 91 anos. Profissão: bancário. Filiação: Adelino Gonçalves e Benicia Maya Gonçalves. Sepultamento ontem.
Catharina de Lima Santos, 88 anos. Profissão: agente. Filiação: André Teixeira de Lima e Brásília de Andrade Lima. Sepultamento ontem.
Constantino Ferreira, 79 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Alexandre Ferreira da Trindade e Maria Pires da Trindade. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo da Capela Mortuária Paroquial do Orleans.
Eleonora Scheibe Riccio, 95 anos. Profissão: do lar. Filiação: Henrique Scheibe e Luíza Martins Scheibe. Sepultamento ontem.
Elisa Beatriz Pereira Martins, 67 anos. Profissão: professora. Filiação: Manoel Bonifácio Pereira e Izabel Marques Pereira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Vaticano - Turquesa.
Fiorindo Kehrwald, 67 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Ernesto Kehrwald e Rosa Clementina Schwalenberg. Sepultamento ontem.
Florentina Ribeiro, 89 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Almencio Ribeiro e Júlia Francisca dos Santos. Sepultamento ontem.
Geraldo Antônio Marques, 63 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: João Antônio Marques e Francisca Ferreira Marques. Sepultamento ontem.
Iriu de Jesus Ribas Filho, 56 anos. Filiação: Iriu de Jesus Ribas e Danir Train Ribas. Sepultamento hoje, no Cemitério Padre Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.
João Santana de Faria, 79 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Vergilio Santana de Faria e Clarinda Maria da Luz. Sepultamento hoje, em local a definir.
Jorge Amaral de Matos, 45 anos. Profissão: carregador. Filiação: José Alves de Matos e Joana Amaral de Matos. Sepultamento ontem.
José Lourenço, 86 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Joaquim Lourenço e Eliza Nogueira Lourenço. Sepultamento ontem.
José Medeiros dos Santos, 87 anos. Profissão: operador de máquinas. Filiação: Silvino Crispim de Medeiros e Leonor Cordeiro dos Santos. Sepultamento ontem.
José Olegário de Almeida, 69 anos. Profissão: motorista. Filiação: Cirilo Olegário de Almeida e Mariana de Almeida. Sepultamento ontem.
Juarez Doria Tosi, 68 anos. Profissão: empresário. Filiação: Attila Tosi e Aracy Sebastião Tosi. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.
Júlio Delfes da Silva, 32 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Osni Rogério Delfes da Silva e Rosemery Pereira da Silva. Sepultamento ontem.
Lalita Nadalin, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Cândido de Oliveira Rates e Durcilia Martins de Souza. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I.
Laurita Bartapeli Grande, 72 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Bartapeli e Roza de Deus Bartapeli. Sepultamento ontem.
Leopoldo Mamcosz, 76 anos. Profissão: auxiliar de manutençao. Filiação: Izidoro Mamcosz e Catarina Mamcosz. Sepultamento ontem.
Lourdes Neres Duarte, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: Vicente Neres de Moura e Maria Raimunda de Jesus. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Memorial Graciosa, em Quatro Barras.
Maria Barreto da Mota Gois, 65 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Barreto da Mota e Maria José dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da Capela Municipal do Boqueirão - Capela 02- Cemitério Municipal do Boqueirão.
Maria Rosa Fiore, 62 anos. Profissão: do lar. Filiação: Nadir Fiore e Izolina Lopes Fiore. Sepultamento ontem.
Mário Pascuim, 77 anos. Profissão: cobrador de ônibus. Filiação: Ângelo Pascuim e Maria Miranda. Sepultamento hoje, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Vertical.
Marly Franquetto, 44 anos. Profissão: do lar. Filiação: Júlio Franquetto e Lídia Domingues Franquetto. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela do Luto Santana em Ponta GrossaPR..
Masako Oguido, 75 anos. Profissão: professor(a). Filiação: Gensuke Fokama e Naki Fokama. Sepultamento ontem.
Olivia Correia de Oliveira, 72 anos. Profissão: do lar. Filiação: Minervino Correia da Motta e Santa Cardoso de Sá. Sepultamento ontem.
Osvaldo Vieira, 57 anos. Profissão: motorista. Filiação: Antônio Vieira Filho e Izaura Milanez Vieira. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de Paroquial Umbará.
Pablo Ruam Alves dos Reis, 17 anos. Profissão: estudante. Filiação: Mário Alves Reis e Dilma Teixeira da Silva Reis. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo da Capela da Igreja Vila Leoniz, em Curitiba.
Rosália Zilli, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Domingos Ignácio Woinaroski e Regina Woinaroski. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Campo Comprido.
Sérgio Fernandes, 74 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Adelaide Fernandes. Sepultamento ontem.
Soeli Marques, 55 anos. Filiação: Adelino Marques e Elena Marques. Sepultamento ontem.
Tadeu Wiszynhewski, 91 anos. Profissão: madeireiro. Filiação: Estanislau Wiszynhewski e Josepha Wiszynhewski. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem.
Tereza Ferreira, 80 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Boleslau Boroski e Izaura de Queiroz Boroski. Sepultamento ontem.
Valdemar Ricardo dos Reis, 65 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Maria José dos Reis. Sepultamento ontem.
Vicente Pereira de Matos, 74 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Manoel Pereira de Matos e Raimunda Francisca de Jesus. Sepultamento ontem.
Yuri Ton Júnior de Souza, 2 meses. Filiação: Thais Ribeiro de Souza. Sepultamento ontem.
Condolências
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