Na Fraternidade Franciscana São Boaventura, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, frei Orlando Bernardi viveu seus melhores dias. Era em uma pequena casa em que passava muitas de suas horas no trabalho como escritor, tradutor e pesquisador sobre a vida de São Francisco de Assis.
Sob seus cuidados, estava a coordenação da biblioteca com cerca de 30 mil livros e manuscritos, alguns datados de 1.200 d.C. Entre suas tarefas, mantinha a tradução de dicionários. O último deles era uma tradução do italiano para o português, o qual tinha parado na palavra unção.
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Autor de diversos livros, destaca-se o mais recente Do pensar e agir franciscamente. Frei Orlando era um hagiógrafo – quem pesquisa sobre a vida dos santos – tal conhecimento e vivência que tinha dos ensinamentos de São Francisco. Celebrava a vida, falava de filosofia e não perdia o foco; vivenciava as atitudes do santo – principalmente no que dizia respeito à humildade e à solidariedade, lembra o guardião da fraternidade, frei Nelson José Hillesheim. “Defendia em seus escritos a coerência da pregação que mantinha em sua própria vida”.
O doutor em Teologia era econômico nas palavras, mas tinha atitudes grandiosas. Convivia bem com os irmãos franciscanos e mantinha-se muito próximo às pessoas. Tomava vinho, chimarrão e gostava muito de cozinhar, conta frei Nelson. Durante os períodos de férias na praia, brincava quando o jantar apresentava as famosas “sopas de pedra”. Com poucos ingredientes, frei Orlando conseguia produzir um prato gostoso. “Um exímio cozinheiro, por sinal”. Recentemente, frei Nelson encontrou no quarto do colega religioso muitos livros de receitas, recortes de revistas e impressos da internet. Os pratos favoritos eram os que levavam peixe. Absorvido pela energia da natureza, a cada dois meses viajava para algum lugar que tivesse rio ou açude para pescar.
Outro aspecto relevante da personalidade do frei Orlando era sua forma de se referir a Deus. Dizia: “eu amo o papai do céu”, demonstrando um estreito relacionamento. Tinha a sensibilidade de pedir perdão, preocupando-se em não magoar ninguém, recorda-se frei Nelson.
Tinha um espírito muito jovem, afirma Valdir, ao se lembrar como o irmão se relacionava com os sobrinhos. Durante a madrugada, ficavam horas conversando sobre os rumos que o mundo está tomando, principalmente quanto à vida fácil e ao materialismo.
Em janeiro, frei Orlando ficou muito doente. Quando frei Nelson foi administrar a unção dos enfermos, o religioso se emocionou e agradeceu. Antes do término, disse: “meu guardião, meu confrade, posso dizer algo para você?” Lembrou-se que o último verbete traduzido para o dicionário tinha sido a palavra unção. Coincidentemente, a última palavra. “Tenho certeza que ele entendeu naquele momento, durante o recebimento da unção dos enfermos, o real significado”, finaliza frei Nelson. Deixa oito irmãos e muitos sobrinhos.
Antônio Mário de Souza, 64 anos. Profissão: empresário. Filiação: Jeronymo Muniz de Souza e Maria Moraes de Sousa. Sepultamento ontem.
Antônio dos Santos, 76 anos. Filiação: Marcilia Trindade dos Santos. Sepultamento ontem.
Darcy Rigon Dissenha, 90 anos. Profissão: do lar. Filiação: Catharino Rigon e Maria Rigon de Carvalho. Sepultamento ontem.
Elza Maria Zem Luca, 68 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Vitório Zem e Pedrinha Zem. Sepultamento ontem.
Harald Francisco Engel, 90 anos. Profissão: contador. Filiação: Luiz Germano Engel e Barbara Engel. Sepultamento ontem.
Jair Marcon, 42 anos. Profissão: empresário. Filiação: Armindo Marcon e Olga Sumensi Marcon. Sepultamento ontem.
Jefferson Nunes Ribeiro, 46 anos. Profissão: administrador de empresas. Filiação: Fernando Cardoso Ribeiro e Francisca Nunes Ribeiro. Sepultamento ontem.
Jocelito Fontoura Faria, 32 anos. Profissão: borracheiro. Filiação: Pedro Fontoura Faria e Dirce Rocha Faria. Sepultamento ontem.
Jonata Reni Lourenço, 20 anos. Profissão: auxiliar produção. Filiação: Celso Reni Lourenço e Maria Cleuzelia Cabral. Sepultamento ontem.
José Pereira, 62 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Lúcio Pereira e Maria Alzira Pereira. Sepultamento ontem.
Maria Carmo Ortiz, 75 anos. Profissão: auxiliar de cozinha. Filiação: Francisco Pedro da Silva e Maria Pedro da Silva. Sepultamento ontem.
Maria de Fátima Cunha Bezerra, 54 anos. Profissão: do lar. Filiação: Jaime Valter Bezerra e Francisca Matias Cunha Bezerra. Sepultamento ontem.
Ovidia de Jesus Tasso, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: Sebastião Amaro Adão e Ana Francisca de Jesus. Sepultamento ontem.
Pureza Bento de Jezus, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Honorato Bento e Ana Madalena de Jesus. Sepultamento
ontem.
Rosa de Franca Albuquerque, 61 anos. Filiação: Antônio Cardoso da Franca e Dircina Campos de Franca. Sepultamento ontem.
Sérgio Amilton Pan, 64 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Armino Pan e Rosa Vigo Pan. Sepultamento ontem.
Silvestre José de Lima, 34 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Aparecido de Lima e Neusa Maria Simão de Lima. Sepultamento ontem.
Tereza de Jesus Martins, 70 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Maria dos Santos e Ana dos Santos. Sepultamento ontem.
Vicencia de Oliveira Peratz, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Laudelino de Oliveira e Ezidia de Oliveira. Sepultamento ontem.