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 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A cantora e compositora norte-americana Mossa Bildner veio e partiu como um invento de Mossa Bildner. Discreta, introspectiva, de se revelar para poucos, avessa ao mainstream, Mossa chegou em Curitiba em 2013, uma semana depois da neve, como gostava de dizer ironicamente. Morreu como um protesto antirruído, sem alardes, deixando marcas inapagáveis na cultura brasileira.

Quando chegou na capital que se acha europeia, trouxe na bagagem uma vida artística multifacetada, com passagens pelo cinema, pelo teatro, pela literatura e pela música, além de uma visão própria sobre arte, a arte fora dos círculos acadêmicos, a crença no improviso como plataforma de voo. Era uma artista em fluxo de consciência, comprometida com a exposição do novo.

Nascida em Nova York, veio ao Brasil aos seis anos, na corrente marinha do pai, um industrial com negócios no Rio de Janeiro. Logo influenciou-se pelos ritmos locais, pelo colorido Gauguin dos trópicos, por todo o som & fúria que o sincretismo produz no coração. Quando voltou aos Estados Unidos para estudar na renomada Juilliard School, tinha 17 anos e todo o peso do mundo ser do tamanho limitado que se é. Da experiência universitária arredia, brotou o lúmen técnico e o domínio sobre o cânone musical, aspectos muito influentes nos projetos que elaborou em diversos segmentos. Conhecia muito sobre música, especialmente vocal.

Do cinema, é notório o “filme de férias” com Glauber Rocha nos anos 1960, quando namorou o cineasta e viajou com ele até o Marrocos. Do cotidiano itinerante, brotou um documentário sem som de 32 minutos, restaurado após o jornalista Cristiano Castilho escavar a história para a Gazeta do Povo. A fita VHS estava no armário de Mossa, à espera da devida transfiguração. O que o casal registrou virou, em 2015, a Vida É Estranha, película exibida no Olhar de Cinema, com sonorização e correção de cores.

A amizade com o jornalista perdurou e logo criaram juntos o MBIOS (Mossa Bildner International Opera Studio), projeto de aulas de canto lírico e de improvisação livre, com o intuito de posicionar a artista na cena cultural local.

Mossa também carregou a fama de ter revelado Ângela Rô-Rô nos anos 1970 quando trabalharam juntas e se desentenderam em um musical. Trabalhou, de fato, com muita gente bamba, como o instrumentista avant-garde Henry Threadgill. Apresentou-se mais de 45 vezes com a Orquestra de Improvisadores de Karl Berger em Nova York. Também trabalhou ao lado do compositor e musicólogo Harry Crowl, com quem estava desenvolvendo um projeto baseado em obra de Guimarães Rosa.

Mossa era fluente em francês, inglês, italiano e espanhol, além de naturalmente defender-se bem em português. Metódica, só tomava suco sem açúcar – adorava os de frutas vermelhas. Não tinha muita paciência com pessoas indecisas ou garçons confusos. Estava sempre vestida com roupas muito coloridas e extravagantes. Tinha o batom vermelho como marca irretocável.

Aos amigos mais próximos, questionava o jeito de viver do curitibano, que, segundo ela, era meio afeito a desmarcar compromissos. Revelava indignação com a falta de calefação na capital mais fria do país. De uma sinceridade desconcertante, falava o que pensava não importava a hora e nem as consequências.

Tinha fascínio pelo novo, do ponto de vista estético. Acompanhava todas as formas de expressão artística. Lia muito. Ia ao cinema, ao teatro e em exposições de artes visuais sempre que podia. Apesar de seu jeito às vezes um pouco autoritário, era reconhecida pela generosidade e pela atenção aos jovens, principalmente se fossem talentosos.

Mossa vertia, perfurava, tinha um desbloqueio natural em prol de uma visão dionisíaca do improviso, o improviso como liberdade e projeto de avanço. Acabou “desescutada” pelo câncer. Foram anos de quimioterapia. Morreu em 8 de agosto.

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Lista de falecimentos

Adelina Silva de Lima, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Aristides Rodrigues da Silva e Rose Alves da Silva. Sepultamento hoje, Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de residência.

Albino Prestes dos Santos, 69 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Dalcindo Prestes dos Santos e Janir da Cruz Santos. Sepultamento ontem.

Allison Alves, 24 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Gilmar Alves e Rosineide Pereira da Silva. Sepultamento ontem.

Amélia Ribeiro dos Santos, 62 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Antônio Alves dos Santos e Angelina Ribeiro dos Santos. Sepultamento ontem.

Antônio Mendes, 86 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Ângelo Mendes e Maria Cristina Mendes. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo de Associação dos Moradores do Parolin.

Cidilene de Jesus Souza, 48 anos. Profissão: servente. Filiação: Manoel de Oliveira Souza e Maria Ana de Jesus Souza. Sepultamento ontem.

Diva Martins de Andrade, 86 anos. Filiação: José Inácio Martins e Etelvina Ricardina. Sepultamento hoje, Cemitério Pedro Fuss em São José dos Pinhais, saindo de residência.

Edgar Navarro Tasso, 62 anos. Profissão: engenheiro eletricista. Filiação: Miguel Navarro Filho e Elza Tasso. Sepultamento ontem.

Fabiola Baggio Simeoni, 41 anos. Profissão: do lar. Filiação: Paulo Roberto Simeoni e Erina Baggio Simeoni. Sepultamento ontem.

Flávio Ferreira Lúcio Júnior, 29 anos. Profissão: garçom. Filiação: Flávio Ferreira Lúcio e Valdete da Rocha Lúcio. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Felicidade, saindo de Santa Felicidade.

Generci Nunes de Oliveira, 57 anos. Profissão: cozinheiro. Filiação: Antônio Nunes de Oliveira e Jorgina Nunes de Oliveira. Sepultamento hoje, Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Glaucia Viana Batista, 32 anos. Profissão: do lar. Filiação: Vilemar B Mascarenhas Filho e Jane Aparecida Viana. Sepultamento ontem.

Helena Cesário Pereira, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Stefano Cesário e Maria Montebeler. Sepultamento ontem.

Hermes Evangelista de Souza, 69 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Raimundo Moreira de Souza e Geralda Coelho de Souza. Sepultamento ontem.

Irene Pereira Nobre, 40 anos. Profissão: porteira. Filiação: Joaquim Pereira Nobre e Joana Maria Nobre. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Metropolitano em Fazenda Rio Grande, saindo da capela mortuária do mesmo cemitério.

Joecimir Rodrigues Bonfim, 44 anos. Profissão: latoeiro. Filiação: Antônio Rodrigues Bonfim e Ana Bertapeli Bonfim. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Felicidade.

J orge Conceição de Souza, 64 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Alves de Souza e Ana Rodrigues Barbosa. Sepultamento ontem.

José Rogério Cordeiro, 84 anos. Profissão: carpinteiro. Filiação: João Valério Cordeiro e Cecília de Jesus Cordeiro. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Rio Branco do Sul, saindo de residência.

Juvenir Gonçalves de Oliveira, 76 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Joaquim Gonçalves de Oliveira e Iolanda de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela 02 do mesmo cemitério.

Lendina Maria Bach, 74 anos. Profissão: cozinheira. Filiação: Martinho Bach e Marta Rohling Bach. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Memorial Graciosa em Quatro Barras, saindo da Capela Comunitária Vila Lindoia.

Levy Isidoro Alves, 88 anos. Profissão: servente. Filiação: Francisco Isidoro Alves e Dulce Pereira. Sepultamento ontem.

Lorena Gonçalves Tavares de Lima, 1 mês. Filiação: Jair Tavares de Lima e Evandra Gonçalves de Lima. Sepultamento ontem.

Lucas Viana Massini, 8 anos. Profissão: estudante. Filiação: Ivan Karlo Rodrigues Massini e Glaucia Viana Batista. Sepultamento ontem.

Márcia Cipriana Moreira, 62 anos. Profissão: funcionária pública estadual. Filiação: Vidal Batista Moreira e Hilda Caetano Moreira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Lapa, saindo da capela mortuária do mesmo cemitério.

Mário Antônio de Jesus, 74 anos. Profissão: eletricista. Filiação: Barbara de Jesus. Sepultamento ontem.

Nelson Clovis Pinto Boeira, 78 anos. Profissão: torneiro mecânico. Filiação: Nelson Lisboa Boeira e Elvira Pinto Boeira. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Cândida, saindo da capela 01 do mesmo cemitério..

Neusa Gerber Amin, 83 anos. Filiação: João Carlos Gerber e Anália Gerber. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu, saindo de 1° Igreja Batista de Curitiba.

Odair Rodrigues de Oliveira, 58 anos. Filiação: Arthur Pereira de Oliveira e Ilsa Ramos de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Concórdia (SC).

Osvaldo Swarofsky, 77 anos. Filiação: Oscar Swarofsky e Alice Swarofsky. Sepultamento ontem.

Paulo de Almeida Júnior, 19 anos. Profissão: vidraceiro. Filiação: Paulo de Almeida e Ilda Furtado de Melo de Almeida. Sepultamento hoje, Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de residência.

Pedro Maraschim, 86 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Antônio Maraschim e Ida Ferrareze. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque das Araucárias em Colombo, saindo da Capela Nossa Senhora da Penha.

Rosa Ribeiro, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Maia e Cecília Ribeiro. Sepultamento ontem.

Rosicler Santos Garcias, 49 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio José dos Santos e Maria de Lourdes Santos. Sepultamento ontem.

Sérgio Silva dos Santos, 44 anos. Profissão: carpinteiro. Filiação: Augusto Teodoro dos Santos e Maria Vilane Silva. Sepultamento hoje, Cemitério da Sede, saindo de Igreja do Evangelho Quandrangular no bairro Tanguá em Almirante Tamandaré.

Severino Passianoto, 74 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Francisco Passianoto e Maria Baldassin. Sepultamento ontem.

Sirlei Terezinha Domingues Gago, 63 anos. Profissão: advogada. Filiação: Sílvio Domingues Gago e Zeni Maria Quadros Gago. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo de local a ser designado.

Stella Mara Carvalho Silva, 43 anos. Profissão: administradora. Filiação: Osvaldo Francisquinho da Silva e Rita Carvalho da Silva. Sepultamento ontem.

Thereza Gonçalves, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Wenceslau Wierzbicki e Maria Wierzbicki. Sepultamento ontem.

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