Logo que nasceu Rafaela Cristine Dotto da Silva, a Rafa, já demonstrava que não seria uma criança comum. Uma atmosfera energias positivas e de bons sentimentos tomou conta da casa da família Dotto, em Foz do Iguaçu, e de todos ao redor. O amor era tanto que a primeira neta de dona Beta teve três padrinhos.
Fazia as coisas que uma criança costuma fazer e também rezava todas as noites antes de dormir. Era inteligente e chegou a participar de concursos de redação e de olimpíadas de matemática. Gostava de cozinhar, cantar, curtir uma piscina e acampar com a família. Aos 12 anos, ainda preferia brincar de boneca do que se maquiar.
Rafa era apaixonada por animais. Certa vez até trouxe uma codorna para dormir em sua cama. Já estava decidida: quando crescesse seria bióloga (e na Austrália!). Antes disso, tinha planos religiosos por aqui mesmo: ser coroinha, participar do grupo de jovens do bairro e ser catequista.
No Natal do ano passado, simples, pediu ao bom velhinho apenas algumas borrachinhas (daquelas de fazer pulseiras) e um jogo de Banco Imobiliário. Assim como todos os dias em suas orações, também agradeceu a Deus por tudo e pela viagem que estava prestes a fazer com a família. Mal sabia que dois dias depois, no dia 27 de dezembro, iria começar uma batalha pela vida contra um câncer na cabeça. “Ela sentiu algumas dores fortes na cabeça e depois o câncer foi diagnosticado”, conta Liliane, mãe da menina.
A história tocou o coração de muita gente e imediatamente uma grande corrente de esperança e fé começou entre os familiares, cresceu pelo Porto Belo, bairro onde a família mora, e ultrapassou as barreiras geográficas por meio da internet. Um grupo no aplicativo WhatsApp não foi o suficiente. “Todos queriam saber notícias sobre a situação da Rafa”, explica a tia Lise, que para o réveillon teve a ideia de confeccionar camisetas estampadas com a imagem de Nossa Senhora Aparecia e a hashtag #FORÇARAFA. “O que era para ser apenas para a família, com 30 camisetas, se transformou num grande movimento e foram 155 pedidos apenas na primeira remessa”.
Devido à complexidade do caso, a família foi aconselhada a realizar o tratamento em outro lugar. Rafa foi levada para Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e foi atendida pelo médico Sílvio Machado, do Hospital Angelina Caron. A transferência representou um pouco mais de esperança para todos que torciam pela cura da menina.
Para que pudessem se dedicar exclusivamente à garota, mãe e avó deixaram seus empregos de lado e, em conjunto com uma das madrinhas, revezavam-se para acompanhá-la. Durante grande parte desse tempo, ficaram hospedadas numa pensão em frente ao hospital. Lá puderam conhecer histórias de superação, como a do pequeno Cristopher, de 11 anos, que aguardava por um transplante de fígado. “Aprendi muito com ele. Ele tinha os seus problemas e nunca reclamava”, lembra Liliane, que foi a responsável por consolar a mãe do garoto após o falecimento e ajudá-la nos procedimentos burocráticos pós-óbito. “Parecia que Deus estava nos preparando”.
Enquanto isso, em Foz, novenas reuniam 70, 80, cem pessoas. Algumas nem conheciam a família. “Muita gente que não tinha fé, começou a ter”, lembra a avó Beta. A luta de Rafa durou exatamente 80 dias. Nesse tempo chegou a apresentar melhoras – que levaram o avó Wilson a pintar o quarto da neta para o possível retorno –, mas o quadro clínico já era irreversível.
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No dia do velório, todos os detalhes da despedida foram preparados pensando nela. Na decoração: os desenhos que ela adorava; na playlist: as músicas preferidas; e no cardápio: o cachorro quente que tanto gostava. Foi uma forma de guardar as boas lembranças daquela menina tão guerreira para sempre. “A vida fez com que tivéssemos uma grande perda, que jamais será recuperada. Mas, mesmo que a minha filha não possa estar aqui entre nós, tenho certeza de que ela sempre permanecerá viva em meu coração e no de cada pessoa que a ama”, ressaltou Fabiano, pai de Rafa, que carrega nas costas uma tatuagem em homenagem à filha.
Dessa história ficarão para sempre guardadas as lembranças e os agradecimentos. “Todos nos atenderam muito bem, tanto em Foz quanto na Grande Curitiba. Agradecemos muito, de coração, à equipe do Hospital Angelina Caron. Todos foram mais que funcionários e nos ajudaram muito e em todos os momentos”, agradece a mãe. Deixa os pais, um irmão, avós, tios, primos, padrinhos e todos do movimento #FORÇARAFA.
Dia 16 de março, aos 12 anos, de câncer, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Airton Miguel Ieguer, 58 anos. Profissão: motorista. Filiação: Miguel Ieguer e Stanilia Faria Ieguer. Sepultamento hoje, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Vertical.
Alexandre Cruz de Lemos, 55 anos. Profissão: corretor(a). Filiação: Francisco Helder Braga de Lemos e Maria Magnolia Cruz de Lemos. Sepultamento ontem.
Antônia Francisca Ribeiro, 63 anos. Profissão: doméstica. Filiação: Clemente Francisco Ribeiro e Arcanja Vieira da Silva. Sepultamento ontem.
Ary Amâncio Mathias, 87 anos. Profissão: dentista. Filiação: Pedro Petronilho Mathias e Maria Amâncio. Sepultamento ontem.
Benedito Francisco Cunha, 49 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Francisco da Cunha e Maria José de Azevedo da Cunha. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo da Capela Mortuária Paroquial do Orleans.
Carlos Vinícius Rodrigues Ramos, 24 anos. Profissão: motoboy. Filiação: Cicera Rodrigues Ramos. Sepultamento ontem.
Daniele Ribeiro Borba, 43 anos. Profissão: telefonista. Filiação: Pindaro Pereira Borba e Marisa Ribeiro Borba. Sepultamento ontem.
Dejamir de Souza, 61 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Alipio Marildo de Souza e Idinha Pereira de Souza. Sepultamento ontem.
ADiógenes Gonçalves Doca Filho, 60 anos. Profissão: autônomo. Filiação: ADiógenes Gonçalves Doca e Maria Aparecida Ferreira Doca. Sepultamento ontem.
Edelberto Katzinsky, 81 anos. Profissão: contador(a). Filiação: Gustavo Katzinsky e Erica Katzinsky. Sepultamento ontem.
Elvis dos Santos Honorato, 26 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Mauro Honorato e Silvana dos Santos Honorato. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo da Capela Mortuária Paroquial do Orleans.
Erasmo Faucz, 81 anos. Profissão: carpinteiro. Filiação: Pedro Faucz e Júlia Faucz. Sepultamento ontem.
Francisco Sebastião da Silva, 77 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Joaquim Sebastião da Silva e Januária Maria da Conceição. Sepultamento ontem.
Ides Coser, 93 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Comunello e Catarina Lovison. Sepultamento ontem.
João Maria Scheleter, 72 anos. Profissão: empresário. Filiação: Luiz Scheleter e Almira Gonçalves Scheleter. Sepultamento hoje, Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Vertical.
José Aparecido Alves de Alencar, 60 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Manoel Alves de Alencar Teixeira e Maria Amélia Benicio. Sepultamento ontem.
José Luiz Caneparo, 79 anos. Profissão: engenheiro(a). Filiação: Mário Caneparo e Gioconda Caneparo. Sepultamento ontem.
Lucas Fabrício dos Santos Mariano, 1 anos. Filiação: Lucas Evandro Mariano e Andressa Frizao Dias dos Santos. Sepultamento ontem.
Luiz Antônio Machado, 54 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Pedro Machado e Lindamir Garcia. Sepultamento ontem.
Marcos Rogério Barbosa Lima, 38 anos. Profissão: pintor(a). Filiação: Jorge Barbosa Lima e Cleusa Monteiro Lima. Sepultamento ontem.
Mari Kakawa, 41 anos. Profissão: advogado(a). Filiação: Michio Kakawa e Nioe Kakawa. Sepultamento ontem.
Maria Bernardo de Lima, 76 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Bernardo de Brito e Maria Merce da Conceição. Sepultamento ontem.
Maria de Lourdes Rodrigues, 66 anos. Profissão: do lar. Filiação: Emidio de Pontes e Natália Dias de Pontes. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo da Capela do Cemitério Municipal em Ortigueira -PR.
Mário Sérgio Berehulka Inocêncio, 46 anos. Profissão: eletricista. Filiação: Joerson José Inocêncio e Zenovia Berehulka Inocêncio. Sepultamento ontem.
Nair Aparecida Urbano, 79 anos. Profissão: do lar. Filiação: Luiz Thomaz Testa e Anna Messiano Testa. Sepultamento ontem.
Oneide Padilha Fuchs, 68 anos. Profissão: do lar. Filiação: Luiz de Oliveira e Souza e Francisca Padilha. Sepultamento ontem.
Pedro Lucena de Medeiros, 69 anos. Profissão: motorista. Filiação: Justino Alves de Medeiros e Joana Lucena de Medeiros. Sepultamento ontem.
Vardolino Rocha, 86 anos. Profissão: alfaiate. Filiação: João Rocha de Carvalho e Maria Rita Rocha. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.
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