| Foto: Cláudia Serathiuk

De origem ucraniana, João tinha orgulho de ser brasileiro. O país acolheu a sua família em 1929, depois de uma escolha aleatória entre o Canadá e o Brasil. Ao chegarem, se instalaram em uma pe­­quena cidade do interior de São Paulo, onde ele, com 15 anos, os pais e o irmão Miguel, cuidavam de porcos e da terra. Foi uma breve parada. O problema de adaptação ao clima, principalmente, levou os Spodarik a procurar um lugar melhor no Sul. Em Ivaí (Centro Sul do Paraná), João teve mais sorte.

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Além de encontrar um lugar mais agradável, conheceu Maria Taras. Casaram-se na pequena igreja, nos moldes e tradições ucranianas. No en­­tanto, as gestações interrompidas e a inexistência de tratamento levaram a família a escolher a capital do estado como próxima e última parada. Ao chegar aqui, alugaram um armazém entre as ruas Martim Afonso e Presidente Taunay e abriram o Secos e Molhados. No lugar, vendia-se de tudo e o armazém sobreviveu à modernidade até a década de 80. Entre os produtos, as compotas de pepino azedo, uma das tradições da família Spodarik, eram os mais solicitados. Tinha freguês de caderno.

Na casa de esquina, projetada pela mulher Maria e que levou três anos para ser construída, moram as duas filhas Iara e Lessia, e ao lado ficava a casa de João e sua oficina de trabalho. Da janela de seu quarto, nos últimos anos ob­­ser­­vava o movimento do en­­tra e sai da filha Iara, a se­­guidora dos seus passos no fabrico do pepino azedo. Du­­rante a produção das compotas, fazia parte da rotina de João assobiar o Hino do Brasil. Nos últimos tempos, já estava cansado. Mas, mesmo assim, quando ouvia um movimento da filha Iara en­­trando na pepinaria, empunhava a bengala e ia sentar-se num banco pa­­ra ajudar no que podia. Ainda mantinha clientes de 42 anos de fidelidade.

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Bem humorado, adorava contar piadas. Era co­­mum vê-lo debruçado no portão para conversar com os vizinhos que passavam. E ai de quem não parasse. Inteligente, estava sempre por dentro das notícias e dava aulas de história para os netos. Em uma viagem da filha à Ucrânia, pediu para trazer um pouco de terra, guardada em vidro. No dia do seu enterro, cada membro da família recebeu um punhado para depositar aos pés de João. Certa amiga falou: "Quer dizer que João vai nascer de novo?". Deixa duas filhas, seis netos e cinco bisnetos.

Dia 14, 97 anos, de falência múltipla de órgãos.

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CURITIBA

Erasmo Carlos Zanin, 33 anos, auxiliar, filho de Edson Antônio Zanin e Reni Maria Chagas Zanin. Sepultamento ontem.

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João Carlos Stocko, 43 anos, motorista, filho de Clementino Stocko e Rosa Jambiski Stocko. Sepultamento ontem.

Maria Dyck, 81 anos, doméstica, filho de João Luiz Ferreira dos Santos e Sinhorinha Ferreira dos Santos. Sep. ontem.

Gabriel Henrique de Paula, 2 dias, filho de Geraldo Pereira de Paula e Adriane Tokarski de Paula. Sepultamento ontem.

Alice Silveira de Souza, 87 anos, auxiliar de escritório, filha de José Silveira e Maria Romildo. Sepultamento às 9 h, no cemitério municipal do Água Verde, saindo da capela 4 do mesmo.

Marilia Luzia Tim Maros, 63 anos, Professora, filha de Nivaldo Tim e Matutina de Andrade Tim. Sepultamento ontem.

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Hiroyasu Sumitani, 88 anos, agricultor, filho de Shigeo Sumitani e Masayo Sumitani. Viúvo de Sachi­­ko Yokoyama Sumitani. Sep. às 10 h, em cemitério a ser designado, saindo da capela do cemitério mu­­nicipal de Sertaneja.

Lydia Mario Drozdek, 69 anos, cozinheira, filha de Leopoldo Mario de Souza e Virgínia Fabri de Souza. Sepultamento ontem.

Vicente Gonçalves dos Reis, 68 anos, funcionário público municipal, filho de Antônio Pedro dos Reis e Dolores Gonçalves dos Reis. Sepultamento ontem.

Yone Gheur Soares de Souza, 96 anos, do lar, filha de Gastão Gheur e Áurea Moura Gheur. Sep. ontem.

Roberto Paulo de Lima, 35 anos, au­­xiliar, filho de Antônio Fermino de Lima e Maria Joana de Lima. Sep. ontem.

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Sônia Lutti Kuczynski, 66 anos, professora, filha de Zollo Kuczynski e Luiza Lutti Kuczynski. Sep. às 11 h, no Crematório Perpetuo Socorro, saindo da capela A.V.M.

Manuel Clemente Paulo, 58 anos, técnico em segurança do trabalho, filho de Cizino Clemente Paulo e Maria Gonçalves de Paula. Sepultamento ontem.

Luiz Sandri, 54 anos, pedreiro, fi­­lho de Arthemio Sandri e Maria Bottin Sandri. Sep. ontem.

Roberto Padilha, 31 anos, entregador, filho de Otavio Padilha e Azenir Gonçalves. Sep. ontem.

Roberto Antônio Rodrigues de Al­­meida, 67 anos, engenheiro, filho de Sebastião Rodrigues de Al­­mei­­da e Adélia V Rodrigues de Almei­­da. Sepultamento ontem.

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Francisca Kossovski, 62 anos, do­­méstica, filha de Felix Patczyk e Joana Patczyk. Sep. ontem.

Júlio da Silva, 59 anos, pedreiro, filho de Bento José da Silva e Anália Maria do Nascimento. Sepultamento ontem.

Wilson Isleid dos Santos, 60 anos, tecelão, filho de João Batista dos Santos e Natalia Kasmin Santos. Sepultamento ontem.

Ruth Azevedo Picanco, 85 anos, funcionária pública federal, filha de João Ignez de Azevedo e Margarida Francisca de Azevedo. Sepultamento ontem.

Marilene de Fátima Teodoro, 31 anos, gerente ambiental, filha de Joaquim Martins Teodoro e Maria de Fátima Fernandes Santana Teodoro. Sep. ontem.

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FOZ DO IGUAÇU

Alécio André Biazus, 25 anos. Sep. em horário e cemitério a serem designados, saindo de Matelândia.

Esther Dreher, 78 anos. Sep. em ho­­rário a ser designado, no Cemitério Municipal São João Batista, saindo da capela 2 do mesmo, em Foz do Iguaçu.

Eloe Roque Sauer, 63 anos. Sepultamento ontem em Três Lagoas.

MARINGÁ

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Norival da Silva, 64 anos. Sep. on­­tem em Campo Mourão.

Alcino Salmaso, 77 anos. Sep. on­­tem em Mandaguaçu.

Palmira Lúcia Cândida, 101 anos. Sep. às 10 h, em cemitério a ser de­­signado, saindo da capela 1 do cemitério municipal de Jandaia do Sul.

Andre Sanches Campos, 73 anos. Sep. ontem em Maringá.

Fábio Yutaica Makita, 40 anos. Sep. ontem em Marialva.

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Nelsinda Rodrigues da Rocha, 81 anos. Sep ontem em Sarandi.

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