Evellin será lembrada pelos esmaltes coloridos, pelo batom de cor rosa fosforescente e, acima de tudo, pela paixão que tinha pela música sertaneja. Conhecia quase se não todas as duplas da atualidade. E, mesmo tendo passado 90% dos 28 anos internada em hospitais, sabia extravasar a alegria que sempre lhe motivou e lhe deu esperanças para enfrentar a Síndrome de Williams. "Os sertanejos eram seu remédio", lembra a mãe Suemir. Assim como as flores, que para ela simbolizam vida. O último pedido foi para que na sua despedida fosse usada purpurina. "Para chegar no céu brilhando".
No dicionário da jovem não havia a palavra depressão. A doença, de origem genética, causava problemas cardiovasculares e outros que restringiam a vida do paciente. No entanto, Suemir garante que a filha nunca se sentiu tolhida. "Sempre manteve o ânimo para viver". Tanto que Evellin se transformou em uma figura conhecidíssima nos bastidores de shows em Curitiba. Estava em todos sem exceção na primeira fila, com o enorme sorriso que lhe era peculiar, só esperando o momento para tirar foto com os artistas. São centenas, segundo a mãe. Suemir recorda-se da frase recorrente dos médicos: "Evellin está na prorrogação e sempre quer bater todos os pênaltis".
A descoberta da doença foi árdua. Até os 12 anos, ninguém sabia exatamente o que a menina tinha. Enquanto Evellin permanecia na escola regular, em uma classe especial, a mãe buscava respostas nas enciclopédias durante as visitas semanais à biblioteca pública. Encontrou um médico que lhe ouviu e, após o resultado dos exames e a constatação da Síndrome de Williams, ouviu por telefone: "Mãe, venha buscar seu diploma". Com todo esse empenho, Suemir conseguiu aumentar a rede de atendimento e possibilitar à filha mais qualidade de vida.
Não era dada à autopiedade e comiseração ao lembrar-se de sua doença. Quando criança aprendera que tudo o que existia estava escrito no dicionário. Se não estivesse, não existia. Um dia lhe informaram que ficaria depressiva. Não teve dúvida. Pediu para mãe achar a palavra no dicionário, ouviu com atenção o significado da doença, tirou o livro da mão da mãe, e rasgou a página. "O que não está escrito, não existe" e sorriu.
Outra peculiaridade de Evellin era participar de sorteios em rádios e mídias sociais. Era sortuda! Ganhou 257 sorteios, lembra a mãe. "Quando ela entrava, ninguém tinha chance." Entre os prêmios, o que mais gostava: as viagens para shows de sertanejos. Os cantores lhe adoravam. Já sabiam de sua presença e reservavam um espaço no show e no camarote. Participou de programas de televisão e de homenagens aos seus ídolos. Quando não podia sair do hospital, os cantores iam até ela para um beijo, um abraço e uma foto. A dupla Willian e Renan, por exemplo, chegou a visitar Evellin muitas vezes. Numa delas, promoveram uma roda de viola. O seu último show foi com Fernando e Sorocoba, no início de maio.
Os tesouros de Evellin estão guardados dentro de uma caixa verde ilustrada com pássaros e flores. Dentro dela, além dos esmaltes e do batom que fazia questão de usar em cada um dos inúmeros shows e festas que esteve presente nesses últimos anos também estão as palhetas e as fivelas dos cantores, recebidas de presente, assim como o CD autografado da dupla João Bosco e Vinicius. Deixa a mãe e dois irmãos.
Dia 16 de maio, aos 28 anos, em decorrência de um rompimento intestinal.
Amélia Rosa Lopes, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Moreira da Rocha e Anna Rosa do Espírito Santo. Sepultamento ontem.
Anderson Garcia Lima, 49 anos. Profissão: supervisor(a) vendas. Filiação: Álvaro Soares Lima e Maria Odette Garcia Lima. Sepultamento ontem.
Anoar Ale Salim, 91 anos. Filiação: Miguel Salim Ale e Silvina Ale Rezende. Sepultamento ontem.
Antonina dos Santos Domingues, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Juvenal Lopes Dossantos e Diomira Domingues dos Santos. Sepultamento às 10 h, em local a definir, saindo de residência.
Antônio Franca, 71 anos. Profissão: motorista. Filiação: João Franca e Antônia Torquato. Sepultamento ontem.
Arlete Jungles Pereira, 55 anos. Profissão: cozinheiro(a). Filiação: Luiz Jungles e Isolina Jungles. Sepultamento ontem.
Arthur Grokoski, 78 anos. Profissão: motorista. Filiação: João Grokoski e Anna Dartico. Sepultamento ontem.
Cândida Provin, 87 anos. Profissão: religioso (a). Filiação: João Provin e Maria Benetti. Sepultamento às 8 h, Municipal São Francisco de Paula, saindo de residência.
Carlos Ferreira Franco, 64 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Francisco Ferreira Franco e Rosaria Bernardino. Sepultamento ontem.
Dometilia Rossi Schade, 90 anos. Profissão: do lar. Filiação: André Rossi e Maria Rossi. Sepultamento ontem.
Eilson Lima da Silva, 63 anos. Profissão: representante comercial. Filiação: Antônio Lima da Silva e Goncala Siqueira Lima. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de local a ser designado.
Eloi Carro, 69 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Vicente Carro e Maria Rossa Carro. Sepultamento ontem.
Fernando Rafael Antunes, 52 anos. Profissão: motorista. Filiação: Nelson Antunes e Doroty Gumz Antunes. Sepultamento ontem.
Francisco Medeiros de Deus, 62 anos. Profissão: corretor(a). Filiação: João Mário Medeiros e Floripes de Deus. Sepultamento ontem.
Gladys Therezinha Benicio Abujamra, 78 anos. Profissão: advogado(a). Filiação: Nestor Benicio dos Santos e Gelsumira Simoni Benicio. Sepultamento ontem.
João Abujamra Júnior, 75 anos. Profissão: advogado(a). Filiação: João Abujamra e Áurea Carvalho de Oliveira Abujamra. Sepultamento ontem.
João Augusto Mathias dos Santos, 68 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Augusto Mathias dos Santos e Hilda Mathias dos Santos. Sepultamento ontem.
Luís Jesus Kamtek y Garcia Mavarro, 71 anos. Profissão: engenheiro(a). Filiação: Juan Kantek e Tereza Garcia Navarro Villejas. Sepultamento ontem.
Maria da Conceição Pelick, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ignácio de Mello e Braziliana de Mello. Sepultamento ontem.
Normando Agostinho Bonatto, 81 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Francisco Bonatto e Maria Júlia Bonatto. Sepultamento ontem.
Ronald José Brockelt, 59 anos. Profissão: empresário. Filiação: Waldemar Brockelt e Rosi Blum Brockelt. Sepultamento ontem.
Rosinha de Moura Rocha, 62 anos. Profissão: empresário. Filiação: Antônio de Moura Rocha e Diomira Pereira de Cristo. Sepultamento ontem.
Tarsilha Leite, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: Constantino Ruon e Lucinda Ruon. Sepultamento ontem.
Tereza da Cruz Fernandes, 76 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ernesto Moreira da Cruz e Amazilia Moreira Ferreira. Sepultamento ontem.
Condolências
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